Governo escolherá modelo de laptop educacional a partir desta terça-feira

Rio – A fase piloto do projeto Um Computador por Aluno (UCA) – criado pelo Governo Federal em 2006 com o objetivo de ampliar o uso das tecnologias da Informação e Comunicação (as chamadas TICs) no processo educacional – está entrando em sua reta final nesta terça-feira, às 14h30, quando será realizado um pregão eletrônico para contratação da empresa fornecedora de 150 mil equipamentos portáteis e de baixo custo para o programa.

Trezentas escolas em todo o Brasil serão contempladas com os laptops educacionais em quantidades que irão variar de acordo com o número de alunos e professores, da seguinte forma: cinco escolas serão escolhidas por estado, sendo uma delas obrigatoriamente rural; cinco outras escolas de cada estado serão escolhidas pelos representantes estaduais da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação); e, por fim, cinco municípios (um de cada região do país) com até 3 mil alunos e professores serão escolhidos pelo Ministério da Educação e pela Presidência da República para equipar com laptops todas as suas escolas públicas.

A licitação destes equipamentos portáteis está a cargo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao Ministério da Educação, que irá considerar ofertas de empresas nacionais ou estrangeiras que atenderem às exigências presentes no edital, divulgado no dia 06 de dezembro. As duas soluções que oferecerem o menor preço serão submetidas a um teste de aderência realizado pela equipe técnica do MEC até o fim desta semana, de modo que exista uma margem de segurança para descarte. Somente na segunda-feira que vem, dia 24, o laptop oficial do programa UCA será publicamente conhecido.

Dentre os requisitos básicos exigidos estão o sistema operacional baseado em software livre e de código aberto, em idioma português e com interface gráfica e amigável.

As apostas são de que a solução vencedora saia do grupo de computadores que vem sendo testados ao longo da fase piloto, formado pelo Classmate PC (da Intel), pelo Mobilis (da indiana Encore Software), e pelo XO (também chamado de 'laptop de US$ 100', da fundação One Laptop Per Child, cujas doações foram as primeiras a chegar ao Brasil, em novembro de 2006, pelas mãos de Nicholas Negroponte).

Ao todo, 1.390 portáteis destas marcas tiveram suas funcionalidades testadas em diferentes sistemas de rede e com diferentes aplicativos por alunos e pedagogos de cinco escolas públicas, além de técnicos do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), da Universidade de Campinas e da Federal do Rio Grande do Sul. As escolas participantes desta etapa são das cidades de Porto Alegre (RS), São Paulo (SP), Piraí (RJ), Palmas (TO) e do Distrito Federal.

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