Municípios e estados apresentam experiências de acesso gratuito à internet

Salvador – Uma cidade em que todos os moradores podem acessar a internet de graça por meio de conexão wireless (sem fio). Assim é em Sud Menucci, no interior de São Paulo, quase na divisa com o Mato Grosso do Sul. Até a implementação do projeto, há quatro anos, o município registrava muitos gastos com telefonia, já que o acesso à internet era discado.

Agora, o governo federal pretende levar conexão à rede mundial de computadores a todos os municípios, para, caso queiram, implantar suas cidades digitais.

As discussões sobre o tema Cidades Digitais marcaram os debates hoje (27) durante a 6ª Oficina para a Inclusão Digital, que ocorre em Salvador (BA) até a próxima quinta-feira (29). O projeto de Sud Menucci foi apresentado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico e Social do município, Marcos Izumi Okajima.

“As pessoas tiveram a oportunidade de poderem viajar pelo mundo sem sair de casa. Isso mostra que elas conseguiram ser incluídas [no mundo digital]”, afirmou Okajima.

O ministério do Planejamento pretende implementar no Brasil, com a infra-estrutura do sistema de distribuição de energia elétrica já existentes, as infovias digitais. Na prática, é só imaginar uma estrada, que, ao invés de servir para o transporte de pessoas, serve para transportar informações.

Essa estrutura de infovias é feita com cabos de fibra ótica e pontos de conexão wireless. No estado do Rio de Janeiro, os 92 municípios já estão ligados por infovias. O diretor de infra-estrutura tecnológica do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do governo estadual (Proderj), Sérgio Mendes, apresentou, na plenária, o projeto “Rio Digital”, que está em processo de elaboração.

“A partir das infovias, cada município pode implantar a sua cidade digital [fornecer conexão de internet, o que pode ocorrer tanto apenas para a administração pública, quanto para os cidadãos – caso de Sud Menucci]. No estado, oito cidades já fizeram as suas”, explicou Mendes.

O estado elabora um modelo para viabilizar a implantação de cidades digitais em todos os municípios que quiserem aderir. Ele estará baseado em parcerias público-privadas (PPPs). “Implantar a cidade digital tem um custo, mas a maior dificuldade é manter a cidade digital, por isso, nós vemos as PPPs como solução”, disse Mendes.

Segundo Mendes, por meio das PPPs seria possível, por exemplo, abrir uma linha de transmissão sem fio para as empresas poderem vender o serviço de acesso à rede mundial de computadores.

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