Telebrás será a coordenadora da rede estatal de banda larga

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou hoje, que a Telebrás será a empresa que irá coordenar a rede nacional de banda larga, cujo modelo está em discussão pelo governo brasileiro. Ele reforçou a informação prestada ontem ao Tele.Síntese, pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, que o novo backbone de banda larga irá utilizar as atuais infra-estruturas estatais existentes no país, entre elas, as fibras que cortam os dutos da Petrobrás, as fibras construídas pelas concessionárias de energia elétrica, em sua maioria concentradas na Eletronet. O governo pretende usar também a tecnologia OPGW (que permite transmissão de dados pelas redes das elétricas), já que, frisou, toda a costa Leste brasileira é atendida por essas empresas.  Segundo o ministro, dentro de alguns dias o presidente Lula irá anunciar a nova estrutra, cuja definição final foi aprovada ontem em reunião interministerial.

O ministro frisou, no entanto, que não é intenção do governo competir com a iniciativa privada na oferta dessa capacidade de banda larga, mas, sim,  que ela irá atender os projetos sociais, como levar o acesso em alta velocidade à internet a todas as escolas públicas do país, em um período de três anos, e atender as demais demandas do Estado, como chegar aos postos de saúde e instituições públicas locais. “O governo não vai ser uma nova empresa, nem vai criar uma nova empresa estatal, vai apenas organizar as redes já existentes”, afirmou ele.

Segundo o ministro, essa rede irá complementar as iniciativas das operadoras de telecomunicações, que irão trocar seus postos telefônicos pela construção dos backhauls, mas ele salientou que o objetivo é chegar com essa rede estatal à última milha, onde não houver oferta da iniciativa privada. “Os governos locais e estaduais farão as licitações para a contratação dos pontos de acesso, mas onde não houver interesse, essa rede irá fornecer o serviço”, afirmou o ministro.

Segundo o ministro, o custo da construção dessa infovia nacional deverá ser de R$ 3 bilhões. Nessa conta, explicou, já está considerando R$ 1 bilhão que será investido pelas concessionárias na construção dos backhauls. “Até o final do governo, ou seja, em três anos, teremos acesso banda larga em todos os municípios brasileiros”, afirmou Costa. 

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