Atraso no Brasil retarda evolução do WiMAX na América Latina

Em 2011, de acordo com dados do Yankee Group, o mundo deverá ter cerca de 37 milhões de assinantes WiMAX. A América Latina e a América Central deverão responder por cerca de sete milhões de assinantes, isso se as concessionárias de telefonia fixa brasileira puderem ofertar o serviço nas suas áreas de atuação – fato que criou toda a polêmica e travou o leilão há 14 meses na Justiça.

Para Júlio Püschel, analista da consultoria no País, o entrave regulatório em torno das licenças de 3,5GHz no Brasil determinou uma revisão das expectativas. Argentina e Chile são os países mais avançados. Na América Central, a República Dominicanatambém avança com uma rede WiMAX.

'É fato que o Brasil está atrasado e isso nos fez rever o número de assinantes na região porque não há WiMAX consistente no País. As iniciativas são mais fortes no Chile e na Argentina, com operações comerciais da Telmex, através da Ertach, e da Telefônica', destacou o analista do Yankee Group.

Questionado sobre um dos pontos mais debatidos no WiMAX Brazil Conference & Expo 2007, evento realizado na capital paulista, a questão do subsídio permanecer ou não no WiMAX, Püschel destacou que, dificilmente, pelo menos num primeiro momento, osinteressados em ofertar serviços na tecnologia terão como fugir de subsidiar os clientes potenciais.

'Este modelo de subsídio é comum no Brasil e acredito que ele permaneça, mesmo que com estratégias diferenciadas por parte dos provedores – uns com mais subsídios e outros, com menos,mas nãodá para pensar que não haverá qualquer tipo de subsídio, até em função do custo dos equipamentos WiMAX, ainda elevados por questões de demanda', salientou.

Na avaliação de Püschel, as futuras redes WiMAX devem marcar mudanças em relação aos atuais modelos de negócios desenvolvidos nosetor de telecom mundialmente. As operadoras não poderão mais deter todas as etapas do serviço.

A posição do analista do Yankee Group contraria o ponto de vista defendido pelo diretor da Sprint Nextel,Victor Galvis. Na sua participação no evento, o executivo norte-americano deixou claro que oprojeto da Sprint Nextel, com lançamento comercial confirmado para abril de 2008, prevê que não haverá qualquer tipo de subsídio por parte da operadora ao assinante.

'Estamos reduzindo nossos custos de rede para, exatamente, não ter mais que subsidiar equipamentos para clientes', destacou Galvis, ao explicar o projeto que a Sprint Nextel desenvolve nos Estados Unidos.

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