Senadores criticam imediatismo na criação da TV Pública

Em sessão realizada e transmitida pela TV Senado na última segunda-feira (22), o senador Papaléo Paes (PSDB/AP), durante seu pronunciamento, voltou a criticar a urgência com que foi criada a TV Pública, prevista para estrear oficialmente no País em 2 de dezembro deste ano.

A emissora, criada por meio de uma Medida Provisória instituída pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, pode funcionar, segundo Paes, como uma "ferramenta de poder" nas mãos de um "comunicador por excelência", referindo-se a Lula. "Não podemos tolerar a ingerência do Executivo sobre nosso trabalho", afirma Paes, defendendo a necessidade de um debate mais profundo sobre os rumos que deve tomar a TV Pública e sobre a escolha de seus membros gestores.

Em comentário ao pronunciamento de Paes, o senador Pedro Simon (PMSB/RS) afirma que a criação de um veículo como a TV Pública deveria ser melhor discutida e jamais efetivada por meio de uma Medida Provisória. "O governo está cometendo um grande equívoco", destaca ao explicar que um meio de comunicação com o alcance que tem a televisão é fundamental para o acesso à educação e à cultura em um país continental como o Brasil.

Ainda em crítica à decisão do governo, o senador Mão Santa (PMBD/PI ressalta que medidas de urgência seriam aceitas em casos de investimentos em saúde e educação e combate à violência, mas considera desnecessária a decisão de antecipar a criação da TV Pública sem um longo debate prévio. "Isso não é urgência, é palhaçada", afirma. E completa: "Isso é um desrespeito ao Congresso".

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