Pelo menos 13 países censuram a Internet, revela pesquisa

 Segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo jornal francês Le Monde, pelo menos 13 países exercem censura na internet com o objetivo de 'impedir a circulação das idéias, informações e correntes de pensamento independentes', embora isso nem sempre seja possível. A lista publicada pelo diário menciona Síria, Cuba, Bielo-Rússia, Turcomenistão, Uzbequistão, China, Tunísia, Egito, Arábia Saudita, Irã, Birmânia, Vietnã e Coréia do Norte.

Em Pequim, 40 mil policiais foram destacados especificamente para monitorar os 162 milhões de internautas e 20 milhões de blogs existentes no país. Lá, os chamados 'ciberdissidentes' podem ser punidos com severas penas, incluindo a prisão. Atualmente, segundo o Le Monde, na China existem 52 internautas presos. Segundo dados fornecidos pela organização Repórteres Sem Fronteiras, que defende a liberdade de imprensa e dos jornalistas, e difundidos pelo diário, a Síria proibiu o acesso a sites da oposição e da comunidade curda. No Irã, 10 milhões de portais foram considerados 'imorais', entre eles aqueles vinculados aos direitos da mulher. Na Arábia Saudita, foram bloqueados os portais e blogs que falam de Israel, oposição política e homossexualismo. O Egito, por sua vez, mantém sob controle os sites dos irmãos muçulmanos. No Uzbequistão, a maioria dos portais independentes é bloqueada, principalmente os russos e aqueles vinculados aos direitos do homem. A China censura as páginas que contêm 'palavras-chave' consideradas subversivas. Em Cuba, a conexão privada de internet é rara; no Turcomenistão, a web é censurada e proibida para a maioria da população. Na Coréia do Norte, poucas pessoas têm acesso.

Segundo o Le Monde, são diversas as técnicas usadas pelos 'regimes autoritários' para controlar o acesso à internet, método que ao que parece é abastecido pelas próprias empresas norte-americanas que criaram a rede e seus derivados, fornecendo tecnologias que asseguram seu controle. O último exemplo são os blogs chineses: a Yahoo e a Microsoft assinaram recentemente um pacto de autodisciplina com o compromisso de não difundir 'mensagens ilegais e errôneas' e proteger os interesses do Estado e dos usuários.

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