Declarações de Guimarães criam mal-estar entre programadores

Gerou imenso desconforto entre programadores internacionais as críticas feitas pelo vice-presidente de relações institucionais das Organizações Globo, Evandro Guimarães, em audiência no Senado Federal na última quinta, 23. Evandro chamou de "contrabando" a transferência de recursos financeiros oriundos de publicidade para o exterior por conta da atuação dos canais de TV paga. "A publicidade nessas TVs (pagas) é uma evasão de divisas clara, é contrabando específico. A Ancine tem que regular isso. O termo usado aqui me marcou, mas é contrabando sim, a palavra foi bem colocada. Esses comerciais estão gerando empregos lá fora, gerando lucro lá. E acabam sendo só traduzidos para passar aqui", disse o executivo.

A argumentação dos programadores internacionais é que toda a comercialização de publicidade realizada no Brasil é lícita e que a atuação das empresas é regulada pela Ancine, que registra as obras e os valores remetidos ao exterior. Para alguns programadores, Guimarães quis criticar, na verdade, a regra de incentivo que dá às programadoras estrangeiras a opção de não recolherem a Condecine sobre remessas em troca de investimento de 3% do valor das remessas ao exterior em co-produções locais. Mesmo assim, alegam os programadores, este é um mecanismo estabelecido em lei, que tem dado resultados e que em nada prejudica as programadoras nacionais.

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