Funttel destina R$ 30 mi para desenvolvimento de acesso sem fio em banda larga

O conselho gestor do Funttel (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) decidiu destinar R$ 30 milhões para o projeto de desenvolvimento nacional de soluções de acesso sem fio em banda larga. Os recursos serão liberados ao longo de três anos e o objetivo é fomentar a produção local de sistemas e componentes, incluindo a indústria de semicondutores, pois o programa inclui até o desenvolvimento do chipset a ser usado pela solução. “A idéia é chegar a 2010 com uma solução que agregue valor e tecnologia à indústria nacional, com condições de competir globalmente”, explica o diretor do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações, Igor Vilas Boas de Freitas.

Os recursos devem contemplar um consórcio formado por um centro de pesquisas e indústrias. A contratação está a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que normalmente não trabalha com chamamentos públicos. Assim, a encomenda deve ser dirigida para um consórcio a ser escolhido, que atenda às exigências técnicas do projeto, que incluem desde o desenvolvimento até a prototipagem da solução, que deve obrigatoriamente trabalhar em cima de protocolos globais de acesso em banda larga sem fio, sejam eles de WiMAX ou terceira geração.

A expectativa é de que a seleção do consórcio ocorra em setembro. O projeto começou em fevereiro com uma consulta pública do Ministério das Comunicações para receber sugestões que contribuíssem para a adaptação do WiMAX à realidade brasileira. A proposta se insere na política do Minicom de difusão do serviço de banda larga e é aderente aos objetivos do Funttel, de desenvolvimento tecnológico.

Freitas destaca que o projeto não é o primeiro a contar com recursos de fundos setoriais para fomentar o desenvolvimento local de soluções de acesso em banda larga. O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) já conta com apoio para um programa semelhante, tendo o WiMAX como foco. A tecnologia também é alvo de duas outras pesquisas, encabeçadas pela PUC-RS e pela Unicamp, que estudam o WiMAX como canal de retorno para a TV digital.

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