Emissoras da Radiobrás e TVEs podem formar nova rede

Brasília – A nova rede de TVs públicas deve ser formada a partir da unificação das estruturas da Radiobrás e as TVEs do Rio de Janeiro e Maranhão. A proposta está em estudo, segundo o ministro Franklin Martins, da Secretaria de Comunicação Social, responsável pelo grupo de trabalho integrado pelos ministérios da Educação, Cultura e Comunicações, que vai apresentar um modelo de rede a ser apresentado em 30 dias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Este núcleo funcionaria como cabeça de uma rede formada também por emissoras estaduais parceiras, com programação local, de forma a exibir a diversidade cultural do país e formar um novo telespectador. “Acho que tem que ter um projeto central, mas a rede tem que ter janelas para produção local e produção independente. O Brasil tem que entrar na TV não apenas porque é exibido, mas porque é exibido por quem faz parte daquela realidade”, disse em entrevista ao programa Ver TV, que será exibido esta noite pela TV Nacional. 

No financiamento, Franklin não descarta a participação de recursos privados. "Isso ainda está em discussão, certamente o governo federal e outros governos, estaduais eventualmente, entrarão com recursos orçamentários, mas uma parte destes recursos poderá vir da captação junto à iniciativa privada”. 

Mas descarta a venda de espaço comercial. "Não será uma coisa desse tipo, mas apoios institucionais de patrocínio de empresas que querem associar sua marca a determinados programas, como existe em diversos lugares do mundo. É apenas uma consolidação de um modelo dessa natureza”, esclareceu. 

Também está descartada a participação a cobrança de uma taxa da população, como ocorre na Inglaterra com a BBC. “Acho muito difícil , dentro das condições do Brasil, um país com problemas sociais muito grandes, se partir para um modelo desse tipo que, aliás, só existe na Inglaterra”, avaliou. “A BBC surgiu dentro de um enorme pacto social no pós-guerra, onde isso foi aceito pela sociedade britânica e, por isso, vigora até hoje”, salientou Martins.

 

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