No mundo, operadoras estão otimistas com IPTV

Os executivos da Telemar e da Brasil telecom se mostraram pessimistas quanto à rentabilidade da tecnologia IPTV (Internet Protocol Television) no curto prazo. Porém, contrariando a avaliação brasileira sobre os custos da infra-estrutura, executivos das indústrias de telecom e comunicação se mostram otimistas quanto à rentabilidade da tecnologia nos próximos três anos.

Essa conclusão é resultado de uma pesquisa feita pela Accenture, consultoria global de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, na qual 60% os executivos acreditam que IPTV trará lucros no curto prazo.

Para realizar esta pesquisa, a Accenture consultou 350 pessoas em 46 países, incluindo os continentes europeu, asiático, norte e sul-americanos.

Por outro lado, a pesquisa verificou que 52% dos respondentes não acreditam que IPTV poderá prover retorno efetivo em um prazo menor que 12 meses. Já com relação às opiniões sobre as principais fontes de receitas para IPTV, a Accenture revela que 46% das empresas de telecom acreditam que o lucro virá de publicidade; contra 74% das operadoras de cabo que entendem que a assinatura da tecnologia será a principal fonte de renda.

Para Petronio Nogueira, sócio-diretor para a área de comunicação e tecnologia da Accenture, o fenômeno de IPTV deve ser visto sob dois ângulos distintos. “Em uma visão de longo prazo, as empresas que desejam investir em IPTV devem assimilar mudanças drásticas no modo como elas deverão tratar dados e conteúdo. Já a curto prazo, elas devem se adaptar rapidamente às necessidades dos clientes e ultrapassar as barreiras tecnológicas existentes para adotar a solução”.

Outros pontos levantados pelos executivos consultados têm relação com os obstáculos encontrados para a adoção efetiva de IPTV. Um quarto dos entrevistados revela que a infra-estrutura é um problema para implementar a tecnologia e os mesmos 25% acreditam que esta questão deve ser resolvida dentro dos próximos três anos. Outro tópico indicado por 19% dos respondentes são os possíveis custos com assinaturas.

Quando questionados sobre quais ramos de atividades serão mais lucrativos, 87% apontaram os provedores de conteúdo como os principais beneficiados. Mais de dois terços (69%) informaram que mídias de transmissão tradicionais terão os menores ganhos – uma visão compartilhada por ambos os ramos de atividade consultados.

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