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Democracia e expectativa de um marco regulatório

Faltando cerca de um mês e meio para o término de 2011, registra-se que poucos dos muitos problemas estruturais do Brasil foram equacionados. Como um dos setores oligopolizados, as comunicações conformam uma das áreas que mais requerem atenção por parte de legisladores, governantes, sociedade civil e mercado. Seguindo uma tendência inerente ao capitalismo, a concentração é uma característica histórica da área, embora nestes mercados – e neste país – seja ainda maior, ante legislação permissiva e fiscalização omissa.

Em termos de regulamentação das comunicações, a única definição neste 2011 é a aprovação pelo Parlamento do Projeto de Lei 116/2010 (antigo PL 19), que acaba com a assimetria regulatória na TV paga e promete mais competição. Assim, a legislação do setor é atualizada, com a permissão das operadoras de telecomunicações entrarem no mercado de audiovisual e a derrubada de limites para a ação do capital estrangeiro. Isoladamente, este novo texto legal não resolve a questão, com baixa incidência sobre o direito à comunicação.

Permanecem os problemas basilares do conjunto de setores das comunicações, envolvendo produção, programação e distribuição de produtos e serviços simbólico-informacionais (englobando dados simples e mais elaborados). Independentemente do grau de interatividade que disponibilizem ou da quantidade de emissores e destinatários, são movimentos tendencialmente assimétricos, sejam de consumo sincrônico ou assincrônico. A própria qualidade do processamento do conteúdo não retira o caráter desigual do mega-setor.

Cidadania não reconhece necessidade de democratização

Portanto, considerando a força das comunicações e o alto grau de desigualdade no acesso à produção, distribuição e consumo de seus recursos é que as políticas públicas democráticas de comunicação são apontadas como fundamentais para que se avance em termos de cidadania e respeito à diversidade. No capitalismo, esta é a forma de se buscar atenuar as distorções do mercado, reconhecendo-se o embate entre as lógicas de maximização do lucro e de reconhecimento do chamado direito à comunicação a todos os povos.

Logicamente, tais políticas, para atingirem seus efeitos mais plenos nas sociedades capitalistas por si mesmas rasgadas por uma série de injustiças, devem ser conjugadas com intervenções em outras áreas, buscando algum tipo de universalização de acesso e participação quanto a suas finalidades e procedimentos. Isso passa por ações nos planos da cultura como um todo (onde as próprias comunicações se inserem), da educação, da tecnologia e indústrias, considerando as diversas fases de sua cadeia de valor.

Se a democratização das comunicações vem atender a demandas da sociedade civil, deve-se reconhecer que sua importância é muito pouco reconhecida pela média da população. Sendo uma área com midiatização mínima naquilo que é cerne – considerando as questões do acesso, da diversidade e do pluralismo dos atores intervenientes, e não da vida de celebridades, isto sim, muito abordado –, a cidadania não reconhece plenamente esta necessidade de democratização e de intervenção pública, atraída pelos conteúdos sedutores que recebe.

Valério Cruz Brittos é professor titular no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos

Aperipê: quem não se comunica se trumbica

O internauta que acessar o site da Fundação Aperipê irá se deparar com uma situação, no mínimo, esquisita. A notícia mais recente na página da FUNDAP é do dia 13 de outubro, há quase um mês, e tem o seguinte título “contagem regressiva para o Sescanção”. O Sescanção (Festival Sergipano de Música) aconteceu no dia 25 de outubro e, de lá pra cá, nada de novo no site da nossa Aperipê nem sobre o Festival nem sobre qualquer outra coisa.

Outro fato que chama a atenção é que o site da FUNDAP saiu do “.se.gov.br” e passou para o “.com.br”, sem qualquer explicação.

Por si só, estes “problemas de comunicação” da Aperipê com a população preocupam os interessados nos rumos da comunicação pública de Sergipe.

Porém, o buraco é mais em cima. Os problemas no site da FUNDAP são apenas reflexos de um verdadeiro processo de desmonte que atravessa a Aperipê. Eis outros fatos:

Servidores com quase 30 anos de dedicação e empenho à Fundação não possuem um Plano de Cargos e Salários que lhes dê remunerações e condições dignas de trabalho. Estes mesmos servidores, constantemente, reclamam da falta de aperfeiçoamento às novas tecnologias. Uma comissão governamental está elaborando o Plano de Cargos dos servidores estaduais. É preciso que esta comissão escute os trabalhadores e dê agilidade nos trabalhos.

Outro problema grave na Aperipê é o alto numero de cargos comissionados e os contratos irregulares de estágios. Tem estagiário trabalhando sem qualquer coordenação, alguns exercendo um papel similar ao de chefia. E o pior,  não há nenhuma sinalização do Governo no sentido de realizar um concurso público que organize, regularize e amplie o quadro de funcionários efetivos da Fundação.

Os telespectadores e ouvintes da TV e Rádios AM e FM, vez ou outra, se deparam com ingerências governamentais na programação, com transmissão de boletins ou ações governamentais em detrimento do conteúdo oficial. Quem não se lembra da transmissão ao vivo da inauguração do estádio Francão em Estância em substituição a um programa jornalístico da TV Brasil?

Quando o assunto é financiamento, percebe-se que a Aperipê vive refém dos recursos do Governo do Estado, via Secretaria de Educação. Este é outro fator grave, pois coloca a FUNDAP num eterno estado de instabilidade financeira a cada mudança de Governo. Em estados como Pernambuco e Rio Grande do Sul, as empresas públicas de comunicação buscam outras formas de arrecadação de recursos para garantir a sua autonomia e sustentabilidade financeira.

Com um Conselho Deliberativo sem participação social e formado por ampla maioria de secretários de estado, a Aperipê caminha na contramão no que diz respeito à administração. O Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação, mesmo não sendo o ideal, é prova de que as gestões das empresas públicas de comunicação devem ser democráticas, com ampla participação social nas tomadas de decisões.

É urgente uma mudança de postura da Superintendência da Fundação Aperipê, da Secretaria de Educação (órgão ao qual está vinculado à FUNDAP), e o conjunto do Governo do Estado de Sergipe para fortalecer o caráter público da Fundação. O primeiro passo pode ser promovendo o diálogo com a sociedade sergipana, que tem muito a falar e propor sobre a Aperipê.

Afinal, como já dizia o Velho Guerreiro Chacrinha, “quem não se comunica, se trumbica”.

Ana Carolina Westrup e Paulo Victor Melo são integrantes do Intervozes e do Fórum Sergipano pelo Direito à Comunicação

Qualidade da banda larga: problemas à vista

Na semana passada, foram publicados os regulamentos de qualidade da banda larga fixa e móvel. A pressão das empresas e a contratação de consultorias especializadas não foram suficientes para dissuadir a Anatel de aprovar parâmetros mínimos e médios obrigatórios para a prestação deste serviço no país. Contudo, os textos finais publicados revelam problemas que não haviam ficado claros na coletiva de imprensa dada pela agência no dia da aprovação dos regulamentos.

Já de início se confirma a retirada do limite de ocupação de rede da prestadora. No artigo que não existe mais, a empresa estava obrigada a investir na ampliação da sua capacidade quando atingisse 90% de ocupação da rede. Com isso havia a preocupação mínima de garantir que a oferta da empresa observasse sua capacidade de prestação do serviço, suprindo em alguma medida a ausência de relação mais clara entre a capacidade comprada por elas no atacado e suas ofertas no varejo.

Outro ponto se refere ao software de medição de qualidade da conexão que as prestadoras deverão disponibilizar aos usuários. Ele servirá para avaliar não só a velocidade recebida, mas também outros indicadores, como a perda de pacotes de dados. Na proposta colocada em consulta pública ele deveria permitir, além da medição pontual, a configuração do consumidor para a realização de medições de forma periódica. No texto aprovado, esta possibilidade não existe mais.

Na prática, a mudança impede que o usuário final controle o recebimento das velocidades médias mensais aprovadas e que são conquistas fundamentais dos regulamentos ao apresentarem índices mais elevados (60% da velocidade contratada no primeiro ano de aplicação do regulamento, 70% nos doze meses seguintes e 80% a partir do terceiro ano). Agora, só será possível verificar a velocidade recebida no momento exato da medição e que tem como exigência 20% da capacidade contratada no primeiro ano, 30% no segundo e 40% a partir do terceiro.

Ainda que a medição do software não seja resultado oficial da fiscalização e e não implique em punição imediata às empresas, ela é instrumento de controle essencial aos consumidores e servirá para reclamações junto às operadoras, Anatel, Procons e Judiciário.

O controle oficial, por sua vez, será realizado por outra novidade dos regulamentos – a Entidade Aferidora da Qualidade. Com base em calendário definido pela Anatel, a Entidade coordenará a instalação de equipamentos específicos para as medições no endereço dos consumidores e reunirá os dados que serão posteriormente encaminhados à Agência.

Essa Entidade será escolhida e contratada pelas prestadoras do serviço sem seleção pública, não havendo nos regulamentos previsões que exijam anuência da Anatel nesta contratação ou homologação dos contratos firmados entre as prestadoras e a Entidade. A única tentativa de impedir a sua captura pelas operadoras é um artigo que traz a disposição genérica de que as empresas não poderão exercer domínio sobre a Entidade, sem impedir expressamente vínculos societários.

É de se pontuar ainda o escalonamento no tempo das obrigações de atendimento e resolução de reclamações na banda larga fixa. O que na proposta que foi à consulta pública deveria ser feito nove meses após a publicação do regulamento será exigível nos mesmos termos só daqui a quatro anos.

Se é merecida a euforia com a aprovação de parâmetros objetivos de qualidade para a Internet, também resultado da ampla participação popular no envio de mensagens à Anatel e mobilização via redes sociais, ela não deve turvar as também merecidas críticas e o necessário controle público do que será feito a partir de agora com as novas regras aprovadas. Os usuários e consumidores terão que ficar de olho para garantir que os princípios aprovados sejam realmente colocados em prática.

Um balanço do encontro dos blogueiros progressistas

O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (PR) nos dias 27, 28 e 29 de outubro, superou as expectativas mais otimistas. Entre os aspectos positivos, vale destacar a representatividade do evento, a rica troca de experiências, a aprovação de uma pauta que garante a unidade na diversidade deste movimento embrionário e a definição dos seus próximos passos.

Prova do potencial das chamadas novas mídias, em menos de quatro meses de preparação foi possível reunir 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes no Cine Barrageiro, em Itaipu (254 provenientes da região de Foz de Iguaçu e 214 vindos de outras partes do Brasil e do mundo). O evento contou com a participação de 23 países e 17 estados brasileiros (veja abaixo).

Rico intercâmbio de experiências

O encontro cumpriu o seu principal objetivo: o de promover o intercâmbio de experiências sobre o ativismo digital, que joga um papel cada vez mais ativo e protagonista na luta política e de idéias no mundo – seja nas revoltas do mundo árabe, na chamada “revolução dos indignados” na Espanha, no Ocupe Wall Street nos EUA ou como contraponto à mídia hegemônica no Brasil.

Os dois debates mais gerais e os quatro painéis de experiências mostraram a diversidade e pluralidade existentes neste espaço. As polêmicas se fizeram presentes nas próprias exposições, que contaram com a contribuição de renomados estudiosos e ativistas de várias partes do planeta. As 22 intervenções evidenciaram os limites, os avanços e as potencialidades das novas mídias.

Bandeiras pela democratização da mídia

Na plenária final foi possível aprovar um documento – a Carta de Foz – que apresenta as principais bandeiras de luta deste jovem movimento. Num esforço para construir a unidade, preservando-se a rica diversidade, o texto defende a liberdade de expressão e a luta pela democratização da comunicação, a oposição aos monopólios midiáticos que castram as vozes da sociedade, a luta pelo acesso universal à banda larga, entre outros pontos estratégicos na atualidade.

Por fim, o evento de Foz não representou um ponto final nesta construção, mas uma vírgula. Com o apoio institucional da Itaipu Binacional, ficou decidido que o encontro mundial será anual – inclusive fazendo parte do calendário oficial de eventos de Foz do Iguaçu. O próximo já está agendado para novembro de 2012.

Os próximos passos

A iniciativa de reunir os ativistas digitais também deixou de ser apenas brasileira. Foi formada uma comissão internacional para difundir o movimento em outros países e para organizar o próximo encontro, composta por:

– Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé;
– Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom);
– Gilmar Piolla (Itaipu);
– Esmael Morais;
– Osvaldo Leon (Alai);
– Iroel Sánchez (Cuba);
– Damian Loreti/Martin Granovsky (Argentina);
– Andrés Conteris/Jillian York (EUA);
– Ignácio Ramonet/Pascual Serrano (Europa);
– Ahmed Bahgat (Egito).

Além do segundo encontro mundial em novembro, também ficou agendado um encontro latino-americano para julho próximo, em Lima, proposto pela Secretaria de Comunicação do governo do Peru. Antes, em maio, ocorrerá o III BlogProg, em Salvador (BA). Ou seja: a agenda dos ativistas digitais está carregada e exigirá muita garra, espírito construtivo e unidade na diversidade.

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Países presentes em Foz do Iguaçu

1- Brasil
2- Argentina
3- Paraguai
4- Equador
5- Venezuela
6- Uruguai
7- Peru
8- Colômbia
9- Bolívia
10- México
11- Guatemala
12- Honduras
13- Cuba
14- Estados Unidos
15- Canadá
16- França
17- Espanha
18- Islândia
19- Egito
20- Arábia Saudita
21- Paquistão
22- Japão
23- Islândia

Estados brasileiros

1- Rio Grande do Sul
2- Santa Catarina
3- Paraná
4- São Paulo
5- Rio de Janeiro
6- Minas Gerais
7- Goiás
8- Distrito Federal
9- Mato Grosso
10- Bahia
11- Ceará
12- Maranhão
13- Pernambuco
14- Rio Grande do Norte
15- Pará
16- Acre
17- Amazonas

Governo paga pelo que poderia ser de graça

O Governo Federal vai encaminhar ao Congresso a Medida Provisória que cria um regime especial para implantação de redes de telecomunicações no país até 2016. Em outras palavras, vai subsdiar com dinheiro público a compra de equipamentos e insumos necessários para a implantação de redes de fibra ótica. Em contrapartida, vai exigir que as empresas destinem parte de seus orçamentos para regiões fora do eixo Rio-São Paulo-Brasília, áreas mais lucrativas. Segundo o próprio governo, a isenção pode representar renúncias fiscais de R$ 1,2 bilhão por ano.

A medida representa o investimento de uma enorme quantidade de dinheiro público para que as empresas façam o que deveria ser sua obrigação. Mais do que isso: concretamente, a estratégia atual implica recursos públicos a fundo perdido para a construção de redes totalmente privadas por empresas que não têm dificuldade financeira – já movimentam mais de 200 bilhões por ano – e que reverterão esses investimentos públicos em lucros privados.

Regime público

Se o serviço de banda larga fixa nas grandes áreas fosse prestado em regime público, o Governo Federal poderia impor obrigações de universalização às empresas de telecomunicações. Isto é, faria por meio de um decreto, sem ônus para os cofres públicos, aquilo pelo que hoje se dispõe a pagar. E poderia dizer concretamente onde deveriam ser os investimentos, sem ficar à mercê das estratégias comerciais das gigantes do setor e de contrapartidas pífias.

O regime público nada mais é do que a declaração de que o serviço é essencial e deve estar sujeito a obrigações de universalização e continuidade. O serviço continua a ser prestado por empresas privadas, mas garantem-se metas de universalização, controle de tarifas e obrigações públicas quanto à infraestrutura. Hoje, só a telefonia fixa é prestada em regime público. Celular e banda larga são regimes privados, em que as empresas não têm obrigações de prestação de serviço, o preço é livre e não há nenhuma garantia de universalização e continuidade.

O Ministério das Comunicações alega dois motivos principais para não impor o regime público: o primeiro é que isso poderia prejudicar os pequenos provedores. O segundo é que não haveria interessados, já que teria de haver licitação para concessões e as empresas prefeririam manter as atuais autorizações. A solução para o primeiro problema é simples; poderia ser adotado um regime misto de prestação de serviços: privado para as empresas que querem autorizações para atuar em apenas um ou alguns municípios e público para as empresas que teriam concessões estaduais ou em áreas maiores.

Para resolver o segundo problema, bastaria aplicar o que está no artigo 141 da Lei Geral de Telecomunicações, ou seja, estabelecer o decaimento das atuais autorizações em cinco anos. Com isso, não haveria mais a possibilidade de se prover o serviço em áreas maiores do que um estado sem concessão específica. Na prática, não haveria opção: se quiser continuar prestando serviço de banda larga em grandes áreas, tem de se adaptar ao regime público.

E como fazer para que isso não favoreça apenas as empresas hoje mono ou duopolistas? Isso depende da modelagem adotada. Em princípio, poderiam ser definidas múltiplas licenças por região, com diferentes cadernos de encargos (lista de obrigações a que se comprometem os vencedores das licitações), estipulando obrigações proporcionais à capacidade técnica e financeira de cada empresa. A definição de um plano geral de outorgas e desses cadernos de encargos deveria levar em conta, inclusive, o atual mapa de prestação de serviços, dividindo as obrigações entre diferentes prestadoras.

Desprivatização da Anatel

É claro que a definição de que o serviço de banda larga fixa passa a ser prestado em regime público não resolve automaticamente os problemas atuais do serviço, que é caro, lento e de alcance limitado. A telefonia fixa é um exemplo de como o regime público ajuda a induzir investimentos (não foi por vontade própria que as empresas investiram bilhões de reais no período pós-privatização) e a universalizar a oferta (a telefonia fixa está disponível em todas as localidades de mais de 100 habitantes, porque as empresas foram obrigadas a isso), mas é também exemplo de como se depende de uma ação firme do órgão regulador para poder garantir universalização e modicidade tarifária.

A assinatura fixa, por exemplo, impede o acesso de milhões de brasileiros ao serviço, e já poderia ser quatro vezes menor do que o valor atual, se a Anatel não fosse tão leniente e protetora dos interesses das empresas. Em suma, a adoção de um regime misto (público e privado) é um primeiro passo necessário para que o Governo Federal não pague para sustentar um monopólio privado que presta um serviço público essencial. Mas para fazer prevalecer de fato o interesse público é preciso também desprivatizar a Anatel e garantir que ela utilize todos os instrumentos regulatórios que têm a seu dispor no regime público, sem se dobrar às chantagens das grandes empresas.

João Brant é integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.
Veridiana Alimonti é advogada do Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor.