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Movimento de comunicação avalia desafios para 2013

Entidades e militantes da luta pelo direito à comunicação apontam como principais tarefas para 2013 se apropriar do conceito da liberdade de expressão, enfrentar os interesses dos grandes grupos empresarias – nacionais e multinacionais –  e pressionar o Governo Federal para a criação de uma nova legislação que atenda as demandas da sociedade. 2012 foi avaliado por atores da sociedade civil como ano positivo do ponto de vista das mobilizações, mas limitado no que diz respeito a avanços estruturais.

A bandeira da “liberdade de expressão” tem sido sistematicamente reivindicada pelos empresários de comunicação toda vez em que se propõe a ampliação do número e da diversidade de participantes no setor, inclusive forjando o estranho conceito de “liberdade de expressão comercial”. Segundo João Brant, do Intervozes, a campanha “Para expressar a liberdade”, lançada em 27 de agosto de 2012, veio para marcar a disputa do movimento social pela bandeira da liberdade de expressão. “Não é possível que justamente os setores que mais concentram propriedade de veículos de comunicação e que os utilizam prioritariamente para gerar lucros queiram se colocar como representantes da diversidade, da pluralidade, da liberdade e da democracia”, defende.

Para Rosane Bertotti, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, 2013 é o ano em que se espera “que a campanha 'Para expressar a liberdade' tome as ruas e se fortaleçam os comitês locais”. Segundo ela, é importante que essa força pressione os governos para que “se instalem mecanismos para garantir a liberdade de expressão”. As promessas do governo de abrir um processo de consulta pública para um novo marco regulatório das comunicações ainda em 2012 não foi cumprida e a pendência se estende, então, ao ano que se inicia.

Telecomunicações

As políticas para a internet trazem alguns dos desafios mais nitidamente visíveis da comunicação em 2013. Um deles é a aprovação do Marco Civil da Internet (tantas vezes adiada em 2012) dentro dos princípios em que se originou o projeto de lei que tramita no Congresso, fruto da discussão pública com a sociedade civil. “Das disputas principais, temos a polêmica da neutralidade da rede e da autoridade competente para regulamentá-la (art. 9º); a pressão da indústria do copyright que incluiu na calada da noite um parágrafo que estabelece uma exceção perigosa aos direitos autorais no estabelecimento de regras judiciais para a retirada de conteúdo (art.. 15º, §2); e o lobby das teles para que elas também possam guardar os dados de navegação dos usuários (saber o que foi acessado e poder monetizar esses dados), o que é vedado pelo texto atual”, explica Veridiana Alimonti, advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec).

Outro ponto importante que se espera ser discutido é a implementação de um segundo momento do Plano Nacional de Banda Larga, o chamado PNBL 2.0, já anunciado pelo governo para 2013, voltado ao que eles denominam de "universalização", e que, segundo Veridiana Alimonti, “provavelmente passará por mais subsídios públicos às redes privadas das empresas, sem transição de regime de prestação do serviço”. Para a advogada do Idec, “a pressão por participação social deve permanecer forte nesta área”.

Um dos focos de atenção para o ano de 2013 deve ser a atuação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em relação à reestruturação dos serviços de telecomunicação no cenário de convergência tecnológica, à verticalização e concentração do setor e ao esvaziamento das concessões de telefonia fixa para concentrar os investimentos no regime privado. Para Veridiana Alimonti, deve haver “pressão por ampliação de acessos e acompanhamento das ações da Agência no campo da qualidade do serviço, em especial a vigência dos regulamentos de qualidade da banda larga”, dando continuidade a algumas iniciativas tomadas em 2012, como a suspensão da venda de chips e a mensuração das transmissões de dados pelas operadoras.

Segundo o Instituto Telecom, em 2013 é importante ficar atento à disputa pela faixa de 700 MHZ que será liberada com o desligamento do sinal de TV analógica previsto para 2016. “Abre-se uma nova perspectiva para esta faixa que pode, sim, vir a ser a garantia da qualidade e interatividade da TV aberta. Mas, sem abrir mão de ser um instrumento que possa fomentar a universalização da banda larga”, afirma em seu boletim de opinião.

Participação social e comunicação comunitária

A expectativa em relação à participação da sociedade civil em instrumentos institucionais de acompanhamento das políticas públicas de comunicação é grande. São esperados para 2013 a substituição de alguns representantes da sociedade civil no Conselho Consultivo da Anatel e no Conselho Curador da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Além disso, os governos do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal abriram consulta pública sobre a implementação e formato de Conselhos de Comunicação que devem atuar em nível estadual e distrital. Para Gésio Passos, do Intervozes, a instalação e consolidação dos conselhos estaduais de comunicação é um grande desafio. “Temos que avançar na mobilização para criar conselhos em todos estados do país como forma de garantir a participação da sociedade nas políticas locais de comunicação”, afirma.

De acordo com Jerry de Oliveira, da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias em São Paulo (Abraço-SP), as principais tarefas para o ano são dar fim à Portaria n. 462/11 do Ministério das Comunicações, que intensifica a pressão sobre os comunicadores populares, e avançar na discussão de um padrão de rádio digital democrático no país.  “Estamos nos mobilizando junto à comunidade científica para tornar possível um modelo tecnológico brasileiro, de código aberto, que garanta a troca de tecnologia e um maior espaço no espectro, garantido assim que a digitalização acompanhe os avanços das leis de comunicação da Argentina, Equador e Venezuela, além é claro das propostas da sociedade brasileira para a democratização da comunicação”, afirma Jerry.

Entidades e militantes fazem balanço da comunicação em 2012

O ano de 2012 foi de expectativa e de muita ação para entidades e militantes que lutam pelo direito à comunicação, pela liberdade de expressão e pela democratização da comunicação. Na ausência de ações mais contundentes por parte do Governo Federal, os atores empenhados em modificar o modelo de comunicação vigente no país se articularam e fortaleceram laços para exigir a implementação de políticas que garanta a efetivação de direitos.

No dia 26 março, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) cobrou do ministro das comunicações Paulo Bernardo: “quando sai a consulta pública sobre um novo marco regulatório para as comunicações?”. “No primeiro semestre”, respondeu ele, prorrogando uma promessa que já vinha do ano anterior. O ano de 2012 terminou e nada foi feito.

O fato acima resume, em alguma medida, a avaliação feita pelas entidades sobre os acontecimentos no setor de comunicação no ano que passou. De um lado, a cobrança e insistência cada vez mais incisiva dos movimentos sociais; de outro, as hesitações, as evasivas e o descaso (com certo desdém) do Governo Federal frente a essas demandas.

Entidades consideram que o ano de 2012 foi um ano bom para a mobilização e organização do setor. O destaque fica por conta do lançamento da campanha “Para expressar a liberdade ”, que tem se empenhado em pautar a discussão de um novo marco regulatório para as comunicações no país

Uma iniciativa fundamental de expressão e apoio à mobilização que vem se desenhando na sociedade civil tem sido a atuação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito a Comunicação com Participação Popular (FRENTECOM).  O grupo articula parlamentares de diversos partidos e organizações da sociedade civil para pautar no Congresso Nacional as demandas dos movimentos sociais sobre o tema da comunicação.

Por outro lado, algumas entidades avaliam que o quadro foi negativo no que diz respeito às ações do Governo Federal, que demonstrou bastante imobilismo, não avançando no sentido de cumprir as demandas da sociedade por avanços no modelo de comunicação vigente. As exceções são a entrada em vigor de partes importantes da Lei do Serviço de Acesso Condicionado (Lei 12.485/2011), que regula a TV por assinatura, e o início da exigência por parte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre as operadoras de telecomunicação para que cumpram padrões de qualidade nos serviços de banda larga fixa e móvel.

Sociedade mobilizada e organizada

No dia 27 de agosto de 2012, aniversário de 50 anos do Código Brasileiro de Telecomunicações (lei que regulamenta o funcionamento das rádios e televisões no país), a sociedade civil organizada lançou a campanha “Para expressar a liberdade”. Coordenadas pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), mais de trinta entidades, fóruns e grupos decidiram se articular pelo Brasil com o objetivo de lutar por uma nova legislação para o setor, definindo como estratégia a formulação e mobilização da sociedade para a implementação desta nova lei. O fato marca um novo momento de organização capilarizada do movimento após a I Conferência de Comunicação que aconteceu em 2009.

Para a coordenadora geral do FNDC, Rosane Bertotti, o ano de 2012 foi importante para “deixar explícito que a liberdade de expressão é fundamental para garantir o direito das pessoas”. “A atuação dos movimentos sociais” e o lançamento da campanha “Para expressar a liberdade” têm conseguido promover essa discussão na sociedade, afirma. A visita do relator especial da ONU para a liberdade de expressão, Frank de La Rue, sua repercussão na mídia e nas redes sociais, assim como os debates sobre a liberdade na internet e sobre a universalização da banda larga podem ser considerado bons exemplos da publicização que a pauta conseguiu obter em 2012, complementa a representante do Fórum.

Outro grupo que também organizou mobilizações em 2012, ainda no interior do movimento de comunicação, foram as rádios comunitárias. Exemplar dessa organização foi o ciclo de debates realizado pela Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC) no Brasil e encerrado no dia 21 de novembro.  Segundo Jerry de Oliveira, coordenador da Associação Brasileira das Rádios Comunitárias (Abraço) em São Paulo, “avançamos com a construção do Movimento Nacional de Rádios Comunitárias (MNRC), movimento este que definimos como essencial para a organização”,  fortalecendo assim a atuação dos radialistas e comunidades em seu papel de movimento social. O MNRC surge como proposta de “oxigenar politicamente” a Abraço e superar os limites da representação institucional e imprimindo características de mobilização popular às suas articulações e ações, defende Jerry.

Esse fortalecimento da mobilização das rádios comunitárias fica expresso com a “carta de princípios por um rádio digital democrático ”,  elaborada pelo movimento e na organização de um ato público em Brasília nos dias 6 e 7 de dezembro “que colocou uma pá de cal na proposta da ABERT e do Governo no processo de digitalização do rádio”, afirma o coordenador da Abraço-SP. Embora seja positiva a retomada das discussões sobre o rádio digital, “a proposta colocada anteriormente buscava uma decisão rápida, para que os movimentos fossem pegos de surpresa. Articulamos, então, a carta, propomos a criação de uma frente para um rádio digital democrático e conseguimos atropelar a proposta de digitalização da ABERT, colocando no lugar a proposta de audiências públicas nos estados, que para nós será um grande debate”, relata.

Outro marco importante da mobilização da sociedade civil em 2012 foi a realização do II Fórum Mundial de Mídia Livre junto à Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro, que discutiu, entre outros temas, a construção de políticas públicas para mídias livres, a busca de uma rede social livre e o debate sobre as revoluções árabes.

Imobilismo do Governo é obstáculo ao avanço da comunicação

Se por um lado o movimento pelo direito à comunicação se fortaleceu em 2012, com o lançamento da campanha “Para expressar a liberdade”, a realização de encontros nacionais (como o I Encontro Nacional pelo Direito á Comunicação em Recife) e de atos públicos, por outro, deparou-se com a resistência do Governo Federal em enfrentar os interesses privados e fazer avançar as demandas sociais na área de comunicação. De acordo com João Brant, do Intervozes, “as promessas de lançamento de uma consulta pública sobre um novo marco regulatório das comunicações foram frustradas, o debate retrocedeu e o governo parece decidido a não tomar nenhuma atitude para fazer avançar este debate”.

Na área específica de internet não tem sido diferente. Segundo Veridiana Alimonti, do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), “o ano de 2012 consolidou ainda mais a posição do governo contrária a uma alteração de regime na prestação da banda larga e demonstrou de forma contundente a inexistência de participação social estruturada na decisão das políticas”, ao contrário do que vem sendo reivindicado pela sociedade civil que cobra a exploração do serviço em regime público e democratização das decisões. Soma-se a isso o fato que “projetos de inclusão digital construídos em gestões anteriores, como os Telecentros.BR, vem sendo explicitamente deixadas de lado”, afirma Veridiana.

Os comunicadores populares também sentiram em 2012 a intensificação da perseguição. Um dos principais obstáculos à liberdade de expressão das rádios comunitárias foi a implementação da Portaria n. 462 instituída pelo Ministério das Comunicações em 2011. Para Jerry de Oliveira, da Abraço-SP, em decorrência desse dispositivo, “no ano que passou, a ABRAÇO precisou apresentar mais de 200 recursos às multas aplicada às emissoras de rádio comunitárias”, além de enfrentar a fiscalização da Anatel que tem tratado “as rádio comunitárias como gatinhos e se acovardado diante dos leões que são as grandes emissoras comerciais”.

Os atores que têm se beneficiado das características comerciais, extremamente concentradas e excludentes das comunicações no Brasil se mostraram também em processo de intensa mobilização. Dois desses exemplos que marcaram 2012 foram a realização da 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) em São Paulo, em que se fez alarde sobre o que eles tentam pintar de “ameaças contra a liberdade de imprensa nas Américas”, e a condução de novos membros ao Conselho de Comunicação Social. Embora esta última seja uma reivindicação da sociedade civil por maior participação, esta se viu surpreendida por uma ação de parlamentares apoiados por grupos de pressão no Congresso que do dia para a noite empossaram os novos representantes sem o devido debate público que o órgão necessita para cumprir sua função democrática.

Os sucessivos adiamentos de votação no Congresso e as alterações feitas no texto proposto com ampla participação para um Marco Civil da Internet são mais um exemplo do poder de pressão do setor privado sobre os processos políticos no Brasil, inviabilizando a ampliação da democracia. A garantia da manutenção da neutralidade de rede e do direito ao livre compartilhamento de dados foram os principais alvos dos lobbies nesses setor.

Uma crítica também importante feita em 2012 foi a que o relator especial da ONU para a liberdade de expressão, Frank de La Rue, dirigiu aos grupos comerciais que pressionam o Supremo Tribunal Federal para considerar inconstitucional a classificação indicativa na TV. “Não posso entender que em algum país uma Corte Suprema esteja disposta a prejudicar os direitos das crianças por conta de outros interesses”.

2012 teve avanços ainda que pontuais na comunicação

No balanço de 2012, alguns pontos positivos também são apresentados pelas entidades e militantes do movimento pelo direito à comunicação, embora seja criticada a sua fragmentação, sem uma visão que abarque o conjunto de iniciativas e o setor de comunicação como um todo.

Para Paula Martins, coordenadora da Artigo 19 no Brasil, um desses pontos diz respeito 2012 ao primeiro ano de vigência da nova Lei de Acesso a Informação (Lei n. 12.527/11) . “A LAI não apenas facilita o exercício do direito à informação pelos cidadãos e cidadãs, mas também fornece um importantíssimo instrumento para o trabalho do movimento pela democratização das comunicações”, afirma. Com essa ferramenta, a sociedade pode exigir informações sobre problemas como concentração; celebração de contratos de gaveta e negociação das concessões como comércio privado; mudanças ilegais na localização de antenas; duplicidade de outorgas; concessões a políticos (inclusive membros das comissões que decidem sobre renovação desses direitos); e tratamento desigual e discriminatório conferido aos radiodifusores comunitários.

Veriana Alimonti, advogada do IDEC, aponta como iniciativas importantes no ano de 2012 “a suspensão da venda de chips das operadoras de celular, as medidas de transparência da Anatel, ou um final de ano com a Telebrás ativando a rede de banda larga na região Nordeste”, embora faça a ressalva de que tais iniciativas “não superam os pontos estruturantes que permanecem problemáticos”, como, por exemplo “os serviços [de telefonia e TV por assinatura] propriamente ditos, que aumentam o número de acessos, mas a qualidade fica bem aquém do que se promete”.

Para João Brant, do Intervozes, é possível acrescentar a essa lista de iniciativas positivas a entrada em vigor da Lei do Serviço de Acesso Condicionado (Lei n. 12.485/11) , que regula a TV por assinatura, e os padrões de qualidade dos serviços de banda larga fixa e móvel. “Pela primeira vez, o Brasil implementa cotas de produção nacional e independente, seguindo o que afirma a Constituição; e os parâmetros de qualidade da internet significam que também pela primeira vez os usuários passam a ter alguns instrumentos em mão para enfrentar os absurdos das teles no setor”, afirma.

A ampliação da participação institucional da sociedade civil na discussão das políticas de comunicação foi conquistada em alguns locais do país, como na Bahia, em que o Conselho Estadual tomou posse no dia 10 de janeiro de 2012. Ainda que signifique um avanço, a viabilização desse instrumento ainda sofre com os percalços. Para Pedro Caribé, membro do conselho pela sociedade civil, “embora o sentimento ainda seja de frustração aos que dedicaram tantos anos para sua efetivação, a primeira gestão não terminou, e ainda há tempo de dar respostas efetivas à sociedade”. Segundo ele, há um sentimento por parte da maioria dos membros de que “o órgão sofre de um problema "vertebral": não tem metodologia e estrutura adequada, em especial no funcionamento das comissões”.

A Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual da Argentina conhecida por “Ley de Medios” que já foi aprovada há três anos tinha previsão de ser implementada em 2012, quando vencia a medida cautelar do Grupo Clarín que obstruía sua aplicação. Criou-se por causa dos avanços que estão contidos nessa legislação um sentimento positivo internacional em relação aos limites que podem vir a ser colocados à concentração de veículos de comunicação por grupos privados.

“A sociedade civil e o governo entendem que a lei amplia a liberdade de expressão e com isso a própria democracia ao distribuir as licenças antes exclusivas de canais com fins lucrativos em três partes iguais contemplando também canais sem fins lucrativos e públicos.”, relata Pedro Ekman, do Intervozes, que esteve na Argentina no dia 7 de dezembro (o famoso 7-D), quando estava previsto o vencimento da medida cautelar que, porém, foi prorrogada. “A recusa deste único grupo em cumprir uma determinação legal amplificou o debate em torno do impacto que a lei tem nas comunicações e na própria democracia daquele país. A sociedade como um todo passou a debater comunicação, a pauta ganhou as ruas e deixou de ser exclusiva de uns poucos especialistas”, completa.

BNDES aprova financiamento de R$ 5,4 bilhões para a Oi

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 5,4 bilhões para o grupo Oi, destinados ao plano de investimentos relativo ao triênio 2012-2014. O projeto inclui investimentos na expansão e melhoria da capacidade instalada das redes de acesso de dados (banda larga), fixa e móvel, e na infraestrutura de TV por assinatura, além de investimentos em tecnologia da informação.

O financiamento prevê apoio à aquisição de R$ 1,4 bilhão em equipamentos nacionais, dos quais 55% (R$ 675 milhões) de fornecedores que investem em inovação no país. Espera-se que a iniciativa contribua para o fortalecimento de um setor intensivo em tecnologia, que exige investimentos constantes em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Na planta fixa, os investimentos serão voltados para a conclusão da migração para a tecnologia NGN (Next Generation Network), especialmente indicada para a transmissão de dados, voz e mídia. Também estão previstas melhorias na rede de acesso, com a implantação de tecnologias voltadas para o aumento da velocidade de conexão, baseadas em fibras ópticas.

Na rede móvel, o objetivo é melhorar a qualidade em áreas já atendidas e aumentar a cobertura do serviço de internet móvel 3G para novos municípios, além da implantação da tecnologia 4G nas principais cidades do país. O banco financiará 34% do investimento total do projeto, de R$ 15,9 bilhões, e contribuirá para a criação de 4,7 mil empregos até dezembro de 2014.

Investimentos sociais

O BNDES financiará investimentos de R$ 27 milhões do grupo Oi em ações sociais, desenvolvidas pelo Instituto Oi Futuro em projetos ligados à educação e à cultura.  Um dos principais programas educacionais do Oi Futuro é o Núcleo Avançado em Educação, que tem como objetivo formar jovens para atuar com novas tecnologias, utilizando programação de games, elaboração de roteiros e web design como ferramentas de aprendizado.

O programa é desenvolvido em parceria com os governos estaduais, atualmente no Rio de Janeiro e em Pernambuco. Os projetos culturais visam, em sua maioria, à manutenção de centros culturais e museus já apoiados pelo Oi Futuro. (Fonte: assessoria de imprensa).