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Comissão discutirá aplicação de recursos de publicidade do governo

A Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática discutirá nesta quarta-feira (28) os critérios para a aplicação dos recursos destinados à publicidade do governo federal. A audiência será realizada às 14h30, no Plenário 13.

O deputado Silas Câmara (PSC-AM), que solicitou a audiência, considera que os critérios atuais não avaliam corretamente o papel das pequenas empresas na disseminação da informação pública. "Eu quero abrir uma discussão para que o governo federal possa destinar uma porcentagem dos seus recursos às rádios comunitárias, às rádios educativas, às pequenas emissoras regionais”, disse. “Com isso, quero fortalecer quem faz a verdadeira comunicação, que chega ao interior mais longínquo do Brasil e às comunidades mais distantes", complementou.

Segundo o deputado, o Tribunal de Contas da União (TCU) considera adequado o critério adotado pelo governo de destinação das verbas de publicidade de acordo com a avaliação de alcance dos veículos de comunicação. “Isso fortalece as grandes empresas de comunicação e fragiliza ainda mais as menores”, afirma.

Foram convidados para o debate a ministra da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Helena Chagas, e o presidente do TCU, Benjamin Zymler.

Informações

A Comissão de Ciência e Tecnologia também enviou requerimento de informações à Secom questionando quais agências de publicidade prestam serviços ao governo federal; e quais veículos de comunicação de mídia regional receberam recursos neste ano e quanto. Além disso, deputados da comissão querem receber a relação das personalidades públicas integrantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário que tenham, de alguma forma, participação no capital de emissoras de radiodifusão, o nome dessas empresas e quanto recebem de publicidade oficial.

Secom

A Secom é o órgão responsável pelo planejamento, pelo desenvolvimento e pela execução de ações de comunicação realizadas com recursos orçamentários alocados na Presidência da República. Além disso, a secretaria é responsável por coordenar negociações de parâmetros para compra de tempos e espaços publicitários de mídia pelos órgãos e entidades do Executivo; e aprovar os editais para a contratação de agências de propaganda.

A secretaria afirma que tem o direito assegurado pela Justiça de não divulgar os nomes dos veículos de comunicação que recebem recursos governamentais. A Secom informa apenas que, do total de R$ 1,6 bilhão gasto em 2010 com publicidade pelas administrações direta e indireta, R$ 1 bilhão foi gasto com televisão; R$ 143,5 milhões com jornais; R$ 141,3 milhões com rádios; R$ 126,7 milhões com revistas; R$ 90,6 milhões com mídia exterior (inclui, entre outros, carros de som, placas, painéis, TVs em aeroportos e edifícios); R$ 60,8 milhões com internet; R$ 10,6 milhões com cinema; e R$ 8,5 milhões em outdoors.

A secretaria informa ainda que o governo federal vem buscando descentralizar e diversificar sua mídia e está alcançando número crescente de veículos e de municípios, para democratizar os investimentos. Em 2010, os recursos do governo federal com publicidade foram direcionados para 8.094 veículos em 2.733 municípios. A título de comparação, em 2003, a verba publicitária foi direcionada para 499 veículos em 182 municípios.

Consulta pública sobre radiodifusão educativa teve quase 400 contribuições na internet

Quase 400 contribuições foram enviadas ao Ministério das Comunicações, pela internet, para ajudar na elaboração de novas regras que autorizam o funcionamento de emissoras de rádio e TV educativas em todo o país. A consulta pública, que estava aberta desde o dia 1º de abril, foi encerrada no último sábado.

A norma em consulta traz importantes novidades para a radiodifusão educativa. A principal mudança sugerida é que o processo de seleção dos interessados em operar o serviço deva ocorrer por meio de avisos de habilitação, nos mesmos moldes do que já ocorre com a radiodifusão comunitária.

Outra novidade proposta é a criação de critérios claros e objetivos que vão orientar a análise das propostas encaminhadas ao ministério. Terá maior pontuação, por exemplo, uma universidade ou fundação que tenha o maior número de alunos em relação à população do município. Outro critério será o tempo de funcionamento diário da emissora.

A lista com as sugestões pode ser vista na página do Ministério das Comunicações ou clicando-se aqui. Para acessar a página e conhecer as contribuições, é preciso ser um usuário cadastrado no sistema e informar nome para acesso e senha.

Finalização da consulta

Apesar de a consulta pública na internet já estar finalizada, hoje ainda é o último dia para que os interessados em colaborar enviem suas sugestões por meio de carta. Depois de recebidas todas as sugestões, técnicos do ministério vão analisar as propostas e trabalhar na elaboração de uma nova versão do documento.

“Essas contribuições serão analisadas para chegarmos a um documento final que atenda tanto aos interesses do ministério, como formulador de políticas públicas, quanto aos da própria sociedade”, afirma o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do ministério, Genildo Lins.

Mapeamento

Hoje, estão funcionamento 764 emissoras educativas em todo o Brasil, sendo 459 rádios e 305 tvs. A maior parte está no Estado de São Paulo, com 69 emissoras de rádio e 100 de televisão.