Arquivo da tag: Comunicação Comunitária

Temer sanciona MP 747/2016, que presenteia emissoras de rádio e TV com anistia

Iniciativa retribui o apoio dado pelas emissoras ao golpe parlamentar contra a democracia no Brasil e desrespeita o interesse público, modificando para pior procedimentos para licenciamento

Radiodifusores se reuniram nesta terça-feira, 28, no Palácio do Planalto, para acompanhar a sanção presidencial da Medida Provisória (MP) 747/2016, que é um verdadeiro presente para as emissoras de rádio e TV. Isso porque a MP concede anistia às emissoras que perderam o prazo para renovação da concessão e amplia os prazos de solicitação de renovação destas mesmas concessões. As mudanças no marco regulatório do setor foram publicadas na quarta-feira, 29, no Diário Oficial da União.

Segundo Bia Barbosa, coordenadora do Intervozes e secretária-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), uma simples leitura do texto da MP sancionada “revela o tamanho do escárnio com que este governo passa a tratar o serviço de radiodifusão”.

Ela afirma que, entre o envio para o Congresso Nacional no final de 2016 e a sanção nesta terça-feira, a MP 747 perdeu o eixo de interesse público que deveria ser o condutor dos processos de licenciamento das outorgas de rádio e TV no Brasil. “Por incrível que pareça, num país em que as concessões sempre foram usadas como moeda de troca política, foi possível piorar o procedimento das licenças. E agora não é nenhum exagero afirmar que o empresariado da radiodifusão pode fazer o que bem entender com este bem que, vale lembrar, é público”.

A medida foi muito comemorada entre os radiodifusores. A Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV (Abert) divulgou a MP como sendo a “a maior vitória dos últimos 50 anos”. A MP 747 atendeu ao pleito dos empresários, permitindo que as emissoras que perderam o prazo de renovação possam regularizar suas outorgas.

A coordenadora-geral do FNDC, Renata Mielli, reforça que a Medida Provisória 747 é o pagamento da conta, por parte do governo de Temer, pelo apoio das emissoras ao recente golpe parlamentar imposto no Brasil contra a democracia. “Essa anistia reforça uma política e prática de que o concessionário é o proprietário da frequência. Ao invés de abrir uma consulta pública para a outorga, faz-se o contrário: beneficia-se os atuais concessionários, mantendo-se a exploração daquele espaço que é público”, ressalta Renata.

Interesse público

Pelas novas regras, todo concessionário que tenha perdido o prazo para renovar suas outorgas ganha 90 dias para fazê-lo, independente do tempo de atraso. Ou seja, não faz diferença ter atrasado um mês ou dois anos, todos poderão fazer o pedido de renovação agora. E, daqui pra frente, se mais alguém deixar de pedir a renovação da outorga dentro do prazo, caberá ao governo a tarefa de comunicar as empresas do fato, tutelando-as para que façam o pedido.

Bia Barbosa critica esta iniciativa do governo de Temer de, em vez de retomar as outorgas que foram abandonadas pelas empresas que não pediram sua renovação e abrir novos processos de licitação para que outras empresas ou atores possam participar da disputa por um espaço no espectro eletromagnético, que é público, usa a estrutura do Estado para favorecer antigos radiodifusores para que voltem a operar, agora “dentro da lei”.

Também foi excluída do texto da MP 747 a previsão de cumprimento de “todas as obrigações legais e contratuais” e o atendimento “ao interesse público” como requisitos para que as empresas tivessem direito à renovação das outorgas. “Se o Ministério das Comunicações (hoje Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) já pouco fiscalizava o cumprimento dessas obrigações legais e contratuais e nada olhava para o atendimento ‘ao interesse público’ no momento de renovar licenças, agora isso nem mais será solicitado”, lamenta Bia Barbosa.

Quadro societário

Outra mudança no marco regulatório imposta pela MP 747 se refere às alterações no quadro societário da empresa. Antes, era necessária autorização prévia do Poder Executivo. Agora, basta que informem o governo sobre as alterações feitas.

Mas o pior neste aspecto é que a medida anistia aqueles que fizeram alterações ilegalmente, sem a autorização prévia do ministério, quando a lei anterior ainda valia. Tais empresas ganham agora 60 dias para informar o governo sobre estas mudanças no quadro societário, sem qualquer prejuízo para continuarem funcionando normalmente. O resultado disso é que uma ilegalidade está sendo legalizada pela MP 747.

Somente a transferência total e integral da concessão para outra empresa segue dependendo de autorização prévia do governo, até porque o contrário representaria uma prática que em si já seria ilegal por tratar-se de uma concessão pública, que exigiria do Estado agir com transparência e com respeito aos princípios da gestão pública.

Também o Ministério Público Federal já havia se pronunciado sobre a questão, afirmando que a venda e transferência total de licenças de rádio e TV para terceiros viola totalmente a legislação brasileira, por ignorar processos licitatórios e permitir o enriquecimento ilícito de empresários da radiodifusão com a comercialização de um bem (a frequência eletromagnética) que é público.

Rádios comunitárias

Com muita pressão da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), a MP 747/2016 concedeu a mesma anistia para renovação das concessões das rádios comerciais às rádios comunitárias. A proposta inicial de Temer era conceder o benefício apenas às emissoras comerciais.

Por outro lado, o único veto de Michel Temer na MP 747 foi a exclusão do texto sancionado da autorização para que políticos detentores de foro privilegiado pudessem ser diretores ou gerentes de rádios comunitárias.

Atualmente, a lei proíbe que políticos exerçam cargos diretivos ou de gerência em qualquer tipo de emissora. O Congresso Nacional queria liberar tais cargos em emissoras comunitárias porque várias delas se encontram hoje nas mãos de políticos. Entretanto, a Casa Civil sugeriu a Temer o veto.

Por Ramênia Vieira – Repórter do Observatório do Direito à Comunicação

AMARC lança pesquisa sobre legislação européia de Rádio Comunitária

Na semana em que a legislação que regula a radiodifusão comunitária no Brasil debuta, a Associação Mundial de Rádios Comunitária (AMARC) disponibiliza uma pesquisa comparativa entre as leis de quatro países europeus para fornecer elementos que possam enriquecer as reflexões sobre as características, potencialidades e entraves da legislação brasileira. Desdobramento de uma investigação anterior, em que foram enfocados países latino-americanos, a Associação buscou os países da França, Irlanda, Espanha e Alemanha (nos estados federativos de Saxônia-Anhalt e Baviera) para aprofundar o debate.
 
Há 15 anos atrás, no dia 19 de fevereiro de 1998, o governo Fernando Henrique Cardoso instituía a Lei 9.612, que regula a radiodifusão comunitária. Embora houvesse uma mobilização do movimento de comunicadores populares em busca de reconhecimento desde a década de 1980, o texto aprovado foi definido “de acordo com o interesse dos empresários”, “entregue pela ABERT (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) ao Ministérios das Comunicações”, afirma Arthur William, representante da AMARC no Brasil. “As rádios comunitárias acabaram sendo vítimas da lei que lutaram para ser criada”, aponta.
 
De acordo com João Paulo Malerba, um dos pesquisadores que produziu o documento da Amarc, nesses 15 anos a lei permaneceu “praticamente inalterada” e “não atende as demandas das rádios comunitárias”. Dessa forma, justifica-se o trabalho de pesquisa desenvolvido para alimentar o debate brasileiro com casos positivos. Dentre os países analisados, Malerba identifica na legislação irlandesa o exemplo mais completo de regulamentação a inspirar os legisladores nacionais, assim como defende que alguns elementos das leis alemãs e francesas poderiam facilmente se adaptar ao caso do Brasil.
 
“No caso francês nos chama a atenção o número de trabalhadores assalariados, são cerca de 3 mil, acompanhados por 12 mil voluntários”, diz Malerba. Segundo o pesquisador, as rádios comunitárias no Brasil, por não possuírem uma legislação que permita o seu financiamento de forma viável, têm o assalariamento inviabilizado. Isto gera uma alta circulação de comunicadores e dificuldades para a constituição de um "know-how", pois deixam os veículos sem tempo suficiente para que consolidar e compartilhar o conhecimento.
 
Dispositivo legais que se destacam na pesquisa são “os contratos de radiodifusão temporários”. Com essa possibilidade, Malerba afirma que é possível, além de se adquirir licenciamento e autorização para a cobertura de eventos, também se pensar em desenvolver experimentações, abrindo espaço para iniciativas de diversos grupos.
 
A pesquisa aponta também que de 39 países europeus analisados, somente 17 reconhecem em lei de forma explícita as rádios comunitárias. Já na América do Sul, conforme pesquisa anterior, embora os dez países (não incluídas as guianas) possuam legislações restritivas, todos consideram legalmente a existência de veículos dessa natureza. A investigação conclui que, além das restrições expressas em leis, há também aspectos administrativos e burocráticos que podem obstaculizar a radiodifusão comunitária nos diferentes países.
 
Confira o texto da pesquisa: https://obscom.intervozes.org.br/content.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=575

Assembléia Nacional da Abraço promove grande debate por avanços nas radcoms

No primeiro dia da Assembléia Nacional Ordinária da Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária), que aconteceu nesta quinta-feira (1) na sede da entidade em Brasília, foi realizado um amplo debate com representantes da luta em todo o Brasil. Cada coordenador falou sobre os avanços, dificuldades e organização das rádios comunitárias de seus respectivos estados. A reunião começou às 9h e seguiu até as 18h.

O secretário de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Jerônimo Rodrigues participou da abertura do evento com discurso de total apoio às Radcom. “Queremos construir uma relação com as rádios comunitária”, disse Jerônimo. Em seguida os representantes de 17 estados fizeram informes sobre sua conjuntura regional.

O coordenador da Abraço-PI, Ricardo Campos, lembrou a morte da companheira de luta, Esmarilda. O coordenador da Abraço-RO Edimar Rodrigues falou que no estado existem 52 municípios e 42 emissoras comunitárias no ar, lembrando também o choque de frequência que ocorre em Ji-Paraná. O representante da Abraço pernambucana, Flávio, explicou uma possível parceria com uma agencia de publicidade para beneficar 72 rádios no estado. Do Mato Grosso, Geremias disse sobre o aprofundamento das relações com os movimentos sócias: “Precisamos fortalecer nossas relações com os movimentos sociais comprometidos com a democratização da comunicação, aglutinando forças para a reforma da lei 9.612 e para um novo decreto normativo que traga avanços”.

O Coordenador da Abraço-CE Ismar Capistrano divulgou os seminários jurídicos que serão realizados nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste, quando os coordenadores jurídicos, advogados e outros militantes serão orientados para lidar com as questões legais das emissoras. Para subsidiar as discussões, a coordenação jurídica nacional irá elaborar uma cartilha com orientações sobre o assunto. “Muitas medidas que podem beneficiar as rádios comunitárias podem ser resolvidas apenas em âmbito administrativo, não necessitando sequer de advogado, por isso a formação é importante para as estaduais”, disse Carlos Santin, coordenador jurídico. “A questão jurídica está atrelada à política, por isso precisamos pensar nesta relação”, defendeu Jerry Andrade, coordenador executivo da Abraço São Paulo.

Sobre encontros de formação, o coordenador de formação, Alan Camargo, explicou que paralelos aos seminários jurídicos serão realizados encontros de formação nas regiões para compartilhar as experiências de cursos, oficinas e laboratórios de produção e planejar as ações de capacitação de multiplicadores. “A partir deste planejamento criaremos uma Escola de Formação nos moldes de uma universidade comunitária com ensino, pesquisa e extensão”, disse.

O Coordenador Executivo da Abraço Nacional, José Sóter, considerou que a assembléia foi bastante produtiva para concretizar os planos de desenvolvimento para o setor. “A Assembleia teve um alto nível de debate político que consolida os avanços das rádios comunitárias”, avaliou.

Os Coordenadores que estiveram presentes na Assembléia Nacional Ordinária da Abraço foram: Ricardo Campos (PI), Moreira (PE), Ismar Capistrano e Sérgio Lira (CE), Edimar Rodrigues (TO), Jerry (SP), Luis (PR), Alan Camargo e Clementino (RS), Kamayura Saldanha e Jairo Bispo (BA), Santin (SC), Valdeci Borges (GO), Hugo Tavares (RN), Flávio e Wagner Souto (PE), Edmilson Caccia (MS), João Moreno e José Sóter (DF), Jeremias (MT), Edmilson (RO), Ricardo Moraes (ES).

Com informações de Ismar Capistrano

Ministério das Comunicações e entidades públicas vão capacitar profissionais de rádios comunitárias

Uma iniciativa do Ministério das Comunicações, em conjunto com entidades públicas de comunicação, entre elas a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), e com a Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub), permitirá que comunicadores de rádios públicas e comunitárias recebam capacitação profissional.

Os acordos de cooperação foram assinados hoje (26) pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pela presidenta da EBC, jornalista Tereza Cruvinel, e pelo presidente da Arpub, Mario Sartorello, no Espaço Cultural da EBC, em Brasília. Esta foi a primeira vez que Bernardo visitou as novas instalações da empresa, que administra oito rádios públicas, a TV Brasil e a Agência Brasil.

O ministro destacou que a iniciativa permitirá que a experiência acumulada pelos profissionais dos veículos públicos “bem estruturados e com boas condições de funcionamento” ajudem as rádios comunitárias, “que têm carências que todos conhecemos”.

De acordo com o ministro, a presidenta Dilma Rousseff cobrou medidas para reforçar a atenção do governo federal às rádios comunitárias. Segundo ele, o ministério já lançou um plano de outorgas que deverá habilitar 500 novas rádios comunitárias até o fim do ano.

Ainda segundo o ministro, outro projeto prioritário do governo federal é fortalecer a EBC. “Ouvimos [da presidenta Dilma] uma orientação clara para fortalecermos a EBC, melhorando suas condições de funcionamento e aumentando sua abrangência territorial. Isso é um projeto prioritário do governo.”

Comunicação pública

A presidenta da EBC disse que a adesão à iniciativa simboliza o compromisso com a comunicação pública. Segundo Tereza Cruvinel, a comunicação pública envolve um vasto conjunto que “tem feito com que hoje comece a haver equilíbrio entre o que é estatal, o que é público e o que é privado, cumprindo o que prevê a Constituição Federal”, ou seja, a complementaridade entre os três sistemas de comunicação.

A capacitação dos comunicadores públicos e comunitários, acrescentou o presidente da Arpub, Mário Sartorello, é fundamental para que “possamos prosseguir com o processo de democratização da comunicação no país”.

A parceria prevê, conforme a minuta do acordo assinado com a Arpub, que o ministério ficará encarregado de desenvolver, elaborar e dar apoio técnico aos cursos de capacitação, acompanhando e avaliando os resultados. Além disso, organizará as inscrições dos interessados em participar dos eventos de capacitação, entre outras providências.

As rádios do sistema EBC promoverão oficinas de qualificação no Rio de Janeiro e em Brasília nas áreas de gestão, produção de conteúdo e tecnologia, informou o superintendente de Rádio da Empresa Brasil de Comunicação, Orlando Guilhon.

A Arpub ficará responsável por mobilizar as rádios públicas para aderir à iniciativa e formular os eventos de capacitação em conjunto com o ministério e com as emissoras públicas. As ações de qualificação profissional devem estar voltadas prioritariamente à diversidade cultural e à democracia.

As primeiras entidades a aderir à iniciativa foram, além da EBC, o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), as fundações Aperipê, de Sergipe; de Telecomunicações do Pará (Funtelpa); Cultural Piratini, do Rio Grande do Sul e a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).

Minicom propõe novas regras para rádios comunitárias

O Ministério das Comunicações (MiniCom) vai estabelecer novas regras para o serviço de radiodifusão comunitária. As mudanças previstas abrangem a renovação de outorgas das emissoras, critérios de representatividade e prazos de processos, entre outras. A portaria que abre consulta pública para receber sugestões à proposta foi publicada nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União.

O secretário de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins, afirma que o objetivo da medida é modernizar a norma em vigor atualmente, que é de 2004, dando mais transparência e segurança aos processos de outorgas de rádios comunitárias. Entre as novidades, o ato normativo passa a prever a renovação das outorgas após 10 anos da autorização dada pelo MiniCom, com os procedimentos e prazos a serem seguidos.

Segundo a norma atual, a potencial vencedora de um processo de outorga é a entidade que tem maior apoio de pessoas físicas e jurídicas localizadas na área de prestação do serviço, conforme manifestações enviadas pela própria associação ou fundação concorrente. O ministério propõe que esse passe a ser o segundo critério, utilizado para casos de desempate. O primeiro seria a o número de manifestações de apoio de entidades comunitárias ou associativas da área de prestação do serviço constituídas há mais de dois anos.

Caso haja pendências na documentação, o MiniCom poderá avaliar a concessão de prazo de 30 dias para que a entidade encaminhe documentos ao ministério e sane suas pendências. Genildo Lins explica que esse prazo não será prorrogado em nenhuma hipótese e caso não seja cumprido pela entidade interessada, o processo será indeferido. Ele explica que o objetivo é dar mais agilidade à tramitação e análise dos processos de novas emissoras no MiniCom.

A proposta de ato normativo está disponível no endereço eletrônico. Os interessados em participar da consulta pública poderão fazer sugestões à proposta neste mesmo endereço. As contribuições deverão ser fundamentadas, devidamente identificadas e encaminhadas até as 23h59 do dia 6 de julho, acompanhadas de textos alternativos e substitutivos quando envolverem inclusão ou alteração, parcial ou total, de qualquer dispositivo.

As sugestões também podem ser encaminhadas por carta, que serão recebidas até o dia 8 de julho, para o seguinte endereço: (Ministério das Comunicações/ Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, Esplanada dos Ministérios, Bloco R, Edifício Anexo, 3º andar, sala 300, ala oeste – CEP 70044-900 – Brasília/DF)

Aviso de Habilitação

O Ministério das Comunicações lançou também nesta segunda-feira o terceiro aviso de habilitação do Plano Nacional de Outorgas (PNO) de Rádios Comunitárias. O novo edital prevê a instalação de novas emissoras comunitárias em 50 cidades distribuídas pelas cinco regiões do Brasil.

As entidades interessadas em obter autorização para montar uma rádio comunitária têm 45 dias de prazo para fazer a inscrição e enviar a documentação ao MiniCom, por via postal, nos seguintes endereços: Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, situada na Esplanada dos Ministérios, Bloco R – Anexo-B, Sala – 300, CEP 70044-900 – Brasília-DF. A inscrição também pode ser feita diretamente no protocolo central do Ministério das Comunicações em Brasília, DF, situado na Esplanada dos Ministérios, Bloco R – Edifício Sede, Térreo.

Lançado em março deste ano, o PNO trouxe mudanças nas regras dos avisos de habilitação de Radcom. Agora, o cronograma de todos os avisos de 2011 está disponível para que as entidades possam preparar os documentos com antecedência. Outras novidades são o atendimento das cidades não cobertas nos avisos anteriores e o lançamento de avisos regionais. O calendário de avisos do ano e a lista de cidades atendidas em cada um podem ser vistos no endereço.