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Polícia espanhola prende quatro hackers do grupo ‘Anonymous’

Homens são acusados de publicar dados confidenciais na web. Prisões de hackers fazem parte de uma operação da Interpol

A polícia espanhola anunciou nesta terça-feira (28) a prisão de quatro hackers membros do grupo “Anonymous”, acusados de publicar dados confidenciais. As prisões fazem parte de uma operação da Interpol que se estende à Argentina, Chile e Colômbia.

“Dois dos presos (na Espanha) foram detidos por ordem judicial, outro ficou em liberdade sob fiança e o quarto, menor de idade, sob a custódia de seus pais”, afirma o comunicado. A operação, chamada "Thunder", faz parte de uma ação internacional da Interpol, "Exposure", que conduziu ao indiciamento de 10 pessoas na Argentina, seis no Chile e cinco na Colômbia.

As quatro pessoas detidas na Espanha foram acusadas de ter publicado on-line os dados pessoais dos guarda-costas que trabalhavam para o presidente do governo espanhol e de agentes da polícia nacional. Também são suspeitas de ter atacado sites oficiais, bloqueando-os e modificando-os.

"Um dos detidos que foram presos, do qual a polícia só deu as iniciais F.J.B.D, conhecido como 'Thunder' ou 'Pacotron', estava encarregado, supostamente, de administrar e gerir a infraestrutura informática utilizada pelo 'Anonymous' na Espanha e na América Latina, principalmente", acrescentou o comunicado. Ele foi preso em Málaga, no sul da Espanha.

Os detidos são suspeitos de ter cometido "crimes de associação ilícita, danos informáticos e descoberta e revelação de segredos", segundo o texto. As informações são do G1.

Fórum de Mídia Livre pauta a comunicação independente

A construção de políticas públicas para mídias livres, a busca de uma rede social livre e o debate sobre as revoluções árabes serão temas do III Fórum de Mídia Livre (FML). O evento acontece em Porto Alegre nos dias 27 e 28 de janeiro, durante o Fórum Social Temático, e traz também discussão sobre o software livre, apropriação tecnológica e a regulação da mídia.
 
“O evento será um importante espaço para debater políticas de comunicação para veículos alternativos, nesse se inserem rede de blogs, rádios comunitárias e plataformas de software livre, objetivando sempre políticas que assegurem o acesso, apropriação tecnológica e direito humano e universal”, afirma Rita Freire, da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada.

Organizado por entidades da sociedade civil e veículos alternativos, a terceira edição do evento servirá como preparatória para a sua versão internacional, o II Fórum Mundial de Mídias Livres (FMML), que ocorrerá em julho durante a Cúpula dos Povos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento sustentável (RIO+20).   

A grande novidade da terceira edição do FML é o debate sobre a mídia e as revoluções árabes, contado com a presença de entidades internacionais como Ejoussour, organização civil do Marrocos que luta pela construção da democracia na região, e por iniciativas de mídia da Palestina. “O painel busca promover o intercâmbio e fortalecimento da discussão sobre mídia livre. Como a discussão lá fora está muito forte, devido ao contexto político desses povos e o processo de construção da democracia, achamos importante a criação desse painel ”, aponta Bia Barbosa, integrante do Intervozes.

Redes sociais livres

Nas discussões sobre apropriação tecnológica estará proposta a construção de uma grande rede social baseadas em software livre para os movimentos sociais. A ideia é criar uma rede autônoma que facilite a organização dos militantes. “As redes  mais utilizadas estão atreladas a empresas privadas, assim os movimentos sociais ficam à mercê dos interesses mercadológicos, pois as empresas podem retirar páginas coletivas do ar, por divergências ideológicas ou qualquer outro motivo”, afirma Bia.

O FML

O Fórum nasceu para como espaço de articulação de iniciativas de mídia livre e debate sobre o direito à comunicação. A primeira edição do Fórum aconteceu no Rio de Janeiro, em 2008. O evento foi um dos articuladores do primeiro Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML), ocorrido no Pará, antes do início do Fórum Social Mundial em Belém. Já a segunda edição nacional do FML ocorreu em Vitória (ES), em 2009.

Conexões Globais

Concomitantemente ao FML, dividindo o espaço físico e com uma proposta mais interativa, acontecerá o Conexões Globais, evento que procura promover o diálogo sobre as formas de ativismo social na era da internet.

O Conexões contará com oficinas, webconferências, shows de música, lançamento de livros e atrações artísticas, atividades que terão em comum o apoio a cultura digital. Temas como direitos humanos e civis na internet e direito autoral estarão em discussão. “O evento é uma celebração a cultura digital e hacker, aos ativistas e protagonistas das novas formas de mobilização”, afirma Marcelo Branco, organizador das atividades.

O intercâmbio com os movimentos que tiveram destaque em 2011 ocorrerá por meio de webconferência com ativistas da Espanha, Chile, países arábes, entre outros. “Teremos também uma webconferência com um ativista de Tóquio, onde ele debaterá o acesso à informação no vazamento de Fukushima. O Governo e a grande mídia ofuscavam os acontecimentos, mas as mídias sociais tiveram um papel fundamental de denunciar a gravidade do problema”, aponta Branco.

Confira a programação do III Fórum de Mídia Livre no site  http://www.forumdemidialivre.org e a programação do Conexões Globais no site http://conexoesglobais.com.br .