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Protesto reivindica transmissão ao vivo de jogos de futebol

Rio Branco – A programação transmitida para o Acre pela Rede Globo está sendo motivo de indignação da população rio-branquense. Por causa disso, haverá um ato democrático no dia 23 abril, quarta-feira, no Terminal Urbano. O protesto exige a transmissão ao vivo dos jogos de futebol.

O protesto foi discutido na manhã de ontem, dia 14, em reunião na sede do Sindicato dos Urbanitários. Todos os representantes de sindicatos do Acre participaram do evento e decidiram protestar contra o horário da programação.

As duas maiores centrais sindicais do Estado, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), estão apoiando o protesto, além do deputado Moisés Diniz (PC do B) e do vereador Marcio Batista (PC do B).

Para o deputado Moisés Diniz, que é defensor da redução do fuso horário do Acre em relação a Brasília, acredita que basta a emissora cumprir o artigo 5º, da Portaria 1.220, que tudo se resolve. “Nós não estamos contra a portaria, apenas queremos que ela seja cumprida em sua íntegra”, disse o deputado.

O artigo 5º, da portaria, trata sobre os programas livre de classificação, ou seja, sem censura, que podem ter transmissão ao vivo, como telejornais e esportes.

Para o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, se a programação continuar dessa forma, a população do Acre voltará aos anos 60. “As emissoras de televisão devem respeitar os cidadãos e tratá-los com igualdade, não podemos aceitar as programações gravadas”, disse Marcelo Jucá.

Além do protesto, a ser realizado na próxima semana, o sindicato contratará um advogado para entrar com uma ação contra a Rede Globo.

A portaria

A Portaria 1.220, do Ministério da Justiça, regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente e vem sendo utilizada pela Rede Globo para impor uma programação específica para o Estado do Acre.

O documento atende a uma série de ações do Ministério Público Federal do Acre contra a exibição de programas impróprios para o horário do Estado, duas horas mais cedo do que em Brasília.