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Preço da banda larga pára de cair e acesso fica mais rápido

Depois de cair até 30% no segundo trimestre deste ano, o preço do serviço de banda larga deve estabilizar, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira pela Cisco e pela IDC Brasil. A perspectiva é que as empresas passem a oferecer acesso de maior velocidade pelos preços já praticados.

Segundo a pesquisa "Barômetro Cisco de Banda Larga", realizada pela IDC Brasil, o acesso em baixa velocidade "já atingiu seu preço mínimo (R$ 50 mensais) e, a partir de agora, deve passar apenas por freqüentes aumentos de bandas, sem alterar o valor".

"As empresas passam, agora, a oferecer mais velocidade de conexão pelo mesmo preço. Nas velocidades mais baixas, não vai mais ter queda [de preço]. A gordura que poderia ser retirada não existe mais", disse Pedro Ripper, presidente da Cisco do Brasil, empresa de soluções em comunicação.

O número de usuários da banda larga cresceu 8% no segundo trimestre deste ano em relação aos três primeiros meses do ano, conforme o estudo. Em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, o aumento foi de 35,9%. Ao todo, são 6,54 milhões de assinantes.

A maior expansão ocorreu na faixa de velocidade superior a 1 Mbps, com 25,9% de participação, seguida pelas velocidades entre 128 Kpbs e 256 Kbps, com 13,5%. A queda dos preços, entre abril e junho deste ano ante o mesmo período do ano passado, para esses segmentos foi de 30,3% e 12,4%, respectivamente.

Já o acesso em velocidades mais altas, acima de 2 Mbps reduziu menos (4,1%), por ainda ser considerado "Premium" e destinado às classes sociais mais altas.

Para Ripper, a queda dos preços na oferta dos serviços entre abril e junho deste ano teve forte influência na expansão da banda larga no período, aliada à competitividade entre as empresas no mercado. Para o ano, a expectativa do mercado é de crescimento de 30% na base de usuários. Até 2010, o segmento projeta 10 milhões de conexões de alta velocidade.

Segundo o diretor de pesquisa da IDC, Mauro Peres, o preço ainda alto do serviço, a falta de infra-estrutura, a baixa cobertura do cabo e a tecnologia Wi-Max ainda em fase de testes são fatores que inibem a expansão dos acessos. Por outro lado, Ripper, da Cisco, já considera ampliar a meta até 2010 para algo entre 12 e 13 milhões de usuários.

Segundo ele, mesmo que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça nos próximos anos entre 3% e 5%, abaixo da expansão divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 5,4% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2006, é possível atingir os 10 milhões de acessos em 2010.

Políticas públicas

No entanto, ele reivindica a criação de políticas de redução de preços e benefícios fiscais, além da inclusão do segmento nas futuras estratégias de incentivo, "como ocorre para parte da indústria". "Há entre 2 e 3 milhões de assinantes potenciais na banda larga", disse Ripper. Segundo ele, no entanto, é preciso regulamentar o setor a fim de aumentar a capilaridade da banda larga, que "não chega a mais de 3 mil cidades" brasileiras.

"O Brasil teve êxito em privatizar as teles. Mas o governo é primordial para regular o setor. O papel do governo é fundamental para a expansão da banda larga, na definição das freqüências e de novas licenças", disse o executivo da Cisco.

A distribuição regional do mercado de banda larga teve poucas alterações no segundo trimestre deste ano, conforme a pesquisa. No Brasil, o índice de penetração do serviço é de 3,4% sobre a população (para cada 100 habitantes). O estado de São Paulo –considerado isoladamente da região Sudeste– continua a liderar o consumo, com aproximadamente 40% do total e penetração de 6,2% .

Na região Sudeste (excluindo São Paulo), a penetração é de 4,2%, na Sul, de 4,5%, na Centro-Oeste, de 3,9%, na Nordeste, de 0,7% e na Norte, de 2%. "Hoje, ainda há como garantir o crescimento de 30% no ano com a distribuição como está. A partir de 2009, com a saturação em algumas bases regionais, será preciso crescer no Norte e Nordeste. Mas, para isso, é preciso ter políticas públicas específicas", disse Ripper. 

Segundo ele, além da limitação da renda, o serviço não cresce no Norte e Nordeste porque não há cobertura do serviço e competição entre empresas.

Residências

Os dados da IDC indicam que o acesso residencial continua sendo o principal mercado de banda larga, com 86,1% das conexões instaladas. O mercado corporativo representa 15,9% dos assinantes, com crescimento de 9% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses do ano.

Para Peres, da IDC, o segmento está próximo da saturação e o esforço das companhias telefônicas em migrar os usuários corporativos para o acesso por meio de linhas dedicadas à Internet reforça o quadro.

O acesso via xDSL (linha telefônica) representa 75% do total de conexões de banda larga no país. O cabo tem 21% de participação e apresentou o maior índice de crescimento, de 11,5% em relação ao primeiro trimestre. Segundo o estudo, as soluções sem fio (wireless, em inglês) e satélite ainda funcionam como uma alternativa para localidades sem cobertura de rede de telefonia ou cabo.

Segundo a pesquisa, a adoção da banda larga móvel também é uma tendência. Até junho deste ano, eram 233 mil assinantes de banda larga por meio de telefonia móvel.

Quanto ao projeto do computador pré-pago, desenvolvido pela Microsoft em parceira com a Telefônica e Positivo Informática, Pedro Ripper, disse que vai funcionar na "base da tentativa e erro", como no caso de outros sistemas pré-pagos em operação.

Para ele, é uma alternativa para quem não quer ter custo fixo, mas que pode não ser vantajosa para o consumidor com a taxa de juros em queda. "Com a queda de juros, o apelo cai porque fica mais fácil de o consumidor comprar o equipamento. Mas é promissor e tem mérito somente por testar um modelo diferente para acessar a classe C e D", avaliou.

Active Image Folha Online.

Penetração de banda larga na UE cresce 18,1% no primeiro trimestre

A Europa deu um grande salto em se tratando de penetração de banda larga, de acordo com os últimos dados divulgados pela ECTA (European Competitive Telecommunications Association). No primeiro trimestre de 2007, a ECTA apurou que a penetração média de banda larga na União Européia (UE) cresceu 18,1%, frente a igual intervalo do ano passado. Naregião, a base total de assinantes do serviço cresceu 30,4%, atingindo 83,8 milhões de usuários, contra 64,2 milhões em 2006.

Apesar do crescimento em números absolutos, especialistas apontam que ainda há diferenças acentuadas entre os diferentes países que compõe a UE, criando uma “divisão de banda larga” na região. A pesquisa mostra que os países do norte da Europa são os que possuem altas taxas de penetração do serviço, como no caso da Holanda, que lidera com 33%, seguida pela Dinamarca, com 31,6%, e por Finlândia e Suécia, com 28,1% e 27,4% respectivamente.

No entanto,países como a Grécia, última colocada no levantamento, não conseguiram passar a barreira dos 10% de penetração, mesmo com crescimento de 177,3% no primeiro trimestre, em comparação a 2006. Essa divisão mostra que uma boa parte dos países da UE ainda não participam definitivamente do conceito de sociedade da informação, e consequentemente, de seus benefícios econômicos.

 Active Image TeleSintese.

 

Após três anos, Google Brasil assume responsabilidade pelo Orkut

O Google Brasil anunciou, nesta quarta-feira (5), que vai passar a responder, a partir da próxima semana, como procurador de sua matriz, o Google Inc, com sede nos Estados Unidos. Nos últimos anos, as autoridades brasileiras tiveram de entrar em contato com o Google Inc. quando precisaram buscar informações sobre crimes no Orkut. "Os dados continuarão sendo armazenados nos EUA, mas essa mudança vai agilizar o processo de identificação dos responsáveis pela publicação dessas informações", afirmou o diretor geral do Google Brasil, Alexandre Hohagen. A iniciativa mostra uma mudança na postura da empresa, acusada de dificultar a punição de crimes cometidos via internet.

"Por três anos, o Google Brasil se esquivou de suas responsabilidades. No entanto, o anúncio mostra uma mudança de postura por parte da empresa", afirmou Thiago Tavares, presidente da ONG Safernet, classificando essa iniciativa como "positiva". Durante muito tempo, a filial brasileira alegou que não poderia repassar dados solicitados pela Justiça local, porque essas informações estavam em poder do Google Inc. Sendo assim, a empresa afirmava que as solicitações deveriam ser feitas à matriz da companhia, o que atrasava a obtenção dos dados solicitados pelas autoridades.

Em um texto divulgado em maio de 2006, o Google Brasil afirmou: "todos os dados que dizem respeito ao sítio de relacionamento Orkut estão hospedados em servidores localizados nos Estados Unidos, que são gerenciados pela empresa Google Inc., com sede na Califórnia, e aos quais a Google Brasil, empresa atuante na área de marketing e vendas, não tem acesso. Assim, qualquer pedido de informações relativas ao sítio Orkut deve ser endereçada à Google Inc., não à Google Brasil, que não tem a menor condição de prestá-las, diante do simples fato de não as possuir".

O Ministério Público Federal contestava essas afirmações, alegando que outras companhias – como Microsoft e Yahoo! – também utilizam servidores internacionais, mas suas filiais brasileiras colaboram com o fornecimento de dados, quando necessário.

ONGs

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta em São Paulo, Google Brasil também anunciou que dará a diversas organizações não-governamentais os mesmos privilégios que têm a Polícia Federal e seis Ministérios Públicos no Orkut. Com isso, as denúncias sobre crimes ligados aos direitos humanos feitas por ONGs terão prioridade em relação àquelas feitas pelos demais internautas.

As ONGs serão selecionadas pelo Google em parceria com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net). Cada uma delas terá acesso a um login e senha especial para o Orkut, que oferece esse canal de denúncias não disponível aos usuários "comuns" do site. Assim que a denúncia for feita, os dados serão preservados durante 90 dias, para que essas informações sejam repassadas à Justiça, caso solicitado.

As parcerias, afirmou o Google, começarão a ser feitas "imediatamente". No entanto, ainda não há um número de organizações definidas – em um primeiro momento, a prioridade será dada a entidades ligadas à proteção de crianças, como Safernet e Unicef. "Nosso foco agora está voltado à pedofilia e à pornografia infantil, pois é inadmissível a divulgação desse tipo de conteúdo na internet", afirmou Hohagen. A reunião para a possível parceria com a Safernet está agendada para dia 20 de setembro.

Para Hohagen, a parceria com as ONGs não deve aumentar o número de denúncias no Orkut, mas sim qualificá-las. Segundo o executivo, o site de relacionamentos recebe semanalmente cerca de 20 mil denúncias feitas por seus usuários, sendo que somente 5% dos casos vão realmente contra os termos de uso do site. Entre as denúncias que podem levar à remoção do conteúdo estão pornografia, pedofilia, envio de spam e manifestações de violência.  

Active Image G1

Site russo de download vai voltar à ativa

Depois de ter sido banido, por ser acusado de favorecer a pirataria,o site russo Allofmp3 (www.allofmp3.com) anunciou que voltará a funcionar. Ainda sem músicas à venda, o site exibe um comunicado em que afirma que, em breve, estará operando – e dentro das leis russas.

O início da ressurreição do site começou quando seu fundador, Denis Kvasov, foi absolvido por uma corte russa das acusações de roubo de propriedade intelectual. EUA Em 2006, o Departamento de Comércio dos EUA classificou o Allofmp3 como vendedor on-line do maior volume de canções piratas da internet.

A interdição do site, ocorrida em julho, tornou-se ponto-chave para que a Rússia ascendesse na Organização Mundial do Comércio. Um acordo entre os dois países fez com que os usuários que tentassem entrar no Allofmp3 fossem encaminhados para um site similar, em que poderiam gastar seus créditos.

A absolvição de Denis Kvasov foi vista com receio pela indústriafonográfica norte-americana, que já se mostrava receosa com a possibilidade de o site voltar ao ar.

O Allofmp3 não pagava direitos autorais das canções que comercializava – em vez disso, destinava 15% de seus ganhos para uma ONG que administrava licenças de uso de conteúdo digital, o que é previsto pela lei russa.

 Active Image Folha de São Paulo.

70% das cidades de SP têm websites, mas índice de e-Gov é baixo

Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 446 – ou 69% deles – tem websites oficiais com informações e serviços aos cidadãos. Nas demais cidades, 31 delas têm algum site alternativo, mantido por associação ou instituição privada, e 198 não possuem páginas na internet.

Os números mostram que, embora o número de municípios sem websites ainda seja elevado para os padrões mundiais, de modo geral há um avanço razoável, ao menos no que diz respeito à presença das prefeituras na web, segundo constatou pesquisa do Centro de Estudos em Tecnologia da Informação para Governo (TecGov) da Fundação Getúlio Vargas.

De acordo com o estudo, porém, não há qualquer avanço significativo de nenhum município no estágio mais elevado, que é a integração completa entre governo e sociedade, em que toda a infra-estrutura de tecnologia da informação e comunicação é comunitária e por meio da qual o cidadão passa a conviver muito mais com o governo. Há apenas algumas poucas iniciativas, muito localizadas.

O grau médio de e-Gov por meio de websites também é muito baixo. Isso se explica, de acordo com o professor Norberto Torres, coordenador da equipe de pesquisa e gestor do TecGov, porque tem havido uma atenção das prefeituras para maior facilidade de uso e estética dos websites, o que demonstra o baixo grau de maturidade do governo eletrônico nos municípios paulistas.

No tocante ao nível de e-serviços geral, ouseja, de conteúdos e informações sobre o município, este está mais desenvolvido que os demais serviços, segundo o professor. Já os serviços baseados em transações finaceiro-comerciais, como pagamentos de tributos e taxas, parcelamento de dívidas, entre outros, ainda estão pouco desenvolvidos. Em relação ao nível de e-democracia, o grau geral de e-democracia promovido pelos municípios por meio dos seus websites é muitíssimo baixo, especialmente no que diz respeito a atuação da sociedade no processo decisório.

A cidade de São Paulo foi a primeira colocada no Índice Geral de Qualidade de Governo Eletrônico, medido TecGov. Entetanto, numa escala de 0 a 10 pontos, a capital paulista não atingiu nem a metade da nota máxima, ficando com 3,58 pontos. Em seguida, apareceram as cidades de São Carlos, com 3,08 pontos, e São José dos Campos, com 2,76 pontos.De acordo com Torres, um índice 5 pontos significa uma cidade com uma maturidade razoável em serviços eletrônicos – o índice 10 é praticamente inatingível, segundo ele.

Além do índice geral, a pesquisa analisou categorias como serviços, e-democracia e usabilidade. O município de São Paulo também encabeçou as duas primeiras categorias, com notas como 3,49 e 4,56, respectivamente. Em usabilidade, entretanto, despencou para a 26ª posição, com 5,43 pontos.

O coordenador da pesquisa observa que deve-se levar em conta que a divisão de usabilidade não levaem consideração o número de serviços disponíveis. Segundo Torres, quando existem muitos serviços ou conteúdos, fica mais difícil manter o mesmo índice de usabilidade, como o que pode ter acontecido com São Paulo. Mas mesmo assim, a cidade ainda precisa melhorar.

No caso específico de usabilidade, os municípios atingiram notas maiores em decorrência da prioridade dada a esse quesito. O líder foi São José dos Campos, com 7,08 pontos, seguido por São José do Rio Preto 6,39 pontos e Barueri, com 6,22. “Isso mostra que as cidades têm se preocupado cada vez mais coma estética em detrimento dos serviços”, ressalta Torres.

Active Image TI Inside.