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Demanda por TVs conectadas deve gerar US$ 80 bilhões até 2017

Redação – Tele Time News

O mercado global de TVs conectadas está previsto para chegar a US$ 81,2 bilhões até o ano 2017, de acordo com uma pesquisa da Companiesandmarkets. A análise aponta que há diversos fatores que levam a este aumento, principalmente a demanda cada vez maior por aplicativos para a TV, maior clareza e resolução e um espectro de canais com opções de entretenimento virtualmente ilimitados.

A "Internetização", de um número cada vez maior de dispositivos eletrônicos de consumo (incluindo DVD players, TVs, iPjosdireitoaco, gadgets portáteis, tablets e consoles de jogos) deve levar à redução da dependência de computadores para levar o conteúdo da Internet à TV.

O relatório acrescenta que os avanços na tecnologia multimídia, em um futuro próximo, resultarão em uma maior convergência de diversas plataformas tecnológicas, redes, conteúdo e dispositivos para manter a concorrência e atender às necessidades do consumidor dinâmico.

Em nível global, a análise aponta a Ásia-Pacífico como "carro-chefe", com crescimento anual da penetração dos equipamentos de 59% até 2017. Em termos de receitas, os EUA e a Europa devem ter maior destaque no mercado de TVs conectadas.

No futuro, aponta o estudo, a fusão de hardware, software e conteúdo multimídia será a estratégia de diferenciação para os fabricantes de televisores. A Companiesandmarkets prevê que os consumidores, à medida que se desfaçam de seus aparelhos de TV tradicionais, acabarão endossando a ideia de ver o conteúdo em vídeo online, fazendo com que as TVs conectadas façam parte do mercado de massa.

Pernambuco vai licitar serviços integrados de telecomunicações

A Secretaria de Administração (SAD) de Pernambuco publicou o edital para contratação da empresa que irá oferecer ao governo do estado serviços integrados de telefonia fixa e móvel, videoconferência e acesso à internet, denominado Rede PE-Conectado. A licitação, na modalidade presencial, está marcada para o dia 14 de janeiro de 2011, e será pelo menor preço.

A estimativa é que o valor do contrato seja de, no máximo, R$ 273 milhões com vigência de quatro anos. O atual contrato da PE-Multidigital é da ordem de R$ 145 milhões, por quatro anos, mas o novo, que traz o conceito de um estado conectado, aumenta em 85% os serviços de telecomunicações, em relação aos atuais serviços.

Atualmente, existem dois contratos: um com a Claro para o serviço móvel; e o outro que provê serviços de telecomunicações integrando dados, voz e vídeoconferência, projeto denominado Rede PE-Multidigital, operacionalizado pelo consórcio formado pela Oi, Siemens e Vectra. "O novo contrato será uma evolução do atual projeto da Rede PE-Multidigital, com ampliação e oferta de novos serviços", informa Mônica Bandeira, gerente da Rede PE-Multidigital. A rede atual chega a mais de 300 localidades, cobrindo os 186 municípios do estado, interligados com tráfego de voz, dados e imagem.

Inovações

Entre as inovações do edital para a nova rede estão a integração da telefonia móvel que passará a ser intragrupo (sem custo de tarifação) junto com a telefonia fixa; a padronização do serviço 0800 (era avulso) e a inclusão de novas modalidades de videoconferências, além de novos serviços como servidor de fax, monitoramento setorial e rede local sem-fio fechada (tipo redes Wi-Fi) e rede local sem-fio aberta (tipo redes externas WiMAX). A capacidade da internet e da segurança da rede também serão expandidas e a quantidade de telefones fixos e móveis ampliada. Algumas dessas inovações devem gerar redução de custos para o governo, prevê Mônica. “A economia já alcançada com o tráfego intragrupo, na ordem de R$ 15 milhões, e agora com a integração do tráfego fixo e móvel, e 0800 (estimado em R$ 12 milhões) consolidará esse modelo de aquisição de uma solução convergente de telemática em todo o estado”, ressalta Mônica.

Serviço móvel

De acordo com Mônica, outro ponto relevante da Rede PE-Conectado é a ampliação da oferta do serviço de telefonia móvel para os municípios pernambucanos. Hoje, a Claro cobre cerca de 100, dos 186 municípios do estado e, em muitas das localidades não atendidas há polos produtivos que precisam ter cobertura. "Por isso, estabelecemos no edital que a empresa que vencer terá que cobrir os municípios indicados", diz Mônica (a relação dessas cidades está no edital de licitação). Ao final dos quatro anos, a meta é ter 46 municípios cobertos com banda larga na tecnologias 3G e 155 com banda larga na 2G.

O governo espera, também, melhorar os serviços fixos com a nova rede. “Qualitativamente, estima-se uma ampliação em mais de 200% em velocidade de links banda larga indo até 40 Mbps (atualmente a velocidade máxima é de 10 Mbps)", destaca Mônica. Além de todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta, também serão usuários dos serviços da Rede PE-Conectado outros poderes como Judiciário e Legislativo, o Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado. A nova rede terá uma abrangência maior de serviços na capital, em todos os municípios do estado, arquipélago de Fernando de Noronha e em capitais como São Paulo e Brasília e ainda com fronteiras territoriais de estados vizinhos como Alagoas, Bahia, Ceará e Paraíba.

Banda larga já chegou nas cidades em que há pedidos de TV a cabo

Um bom ponto de partida para entender o potencial impacto da expansão da TV por assinatura é a listagem de 1,1 mil pedidos de concessões de cabo acumulados na Anatel desde 2000. Ressalte-se que esta listagem não contempla, por exemplo, o interesse de empresas como Oi, GVT e Embratel, três operadoras que declaradamente pretendem expandir a sua cobertura de TV por assinatura por meio de redes físicas e que ainda não estão na lista. Ao todo, estes pedidos estão restritos a 762 municípios. O que aconteceria se estas cidades passassem a ter uma operadora de TV por assinatura imediatamente?

Do ponto de vista de infraestrutura para banda larga, o impacto é quase nulo. Quase todas são atendidas por serviços de ADSL. Apenas 81 não têm nenhuma rede de acesso banda larga, e em 92 já existem outras operadoras de cabo, com redes de Internet em alta velocidade. E se forem consideradas outras tecnologias, há 210 cidades em que existe o atendimento à Internet em alta velocidade com redes de rádio ou fibra. Ou seja, mesmo nessas pequenas cidades em que existe demanda manifestada por redes de TV por assinatura, existe oferta do serviço de banda larga e a TV a cabo entraria apenas como complemento à oferta que já chega pelo DTH.

Olhando do ponto de vista do mercado, a população nesses 762 municípios em que a Anatel já recebeu pedidos de outorgas soma cerca de 68 milhões de pessoas, ou 20,3 milhões de domicílios. Mas excluindo aquelas 92 cidades cidades em que já existe operadores de TV por assinatura, o potencial de mercado nessas cidades é bem menor. A população das cidades em que há interesse manifestado por novas outorgas cai a 30 milhões e o total de domicílios, a 8,8 milhões.

Vale lembrar que a Anatel vai fazer uma verificação desses 1,1 mil pedidos antes de elaborar as regras para a outorga das novas concessões. O prazo para esse recadastramento de interessados é de 60 dias, que devem se encerrar em começo de outubro.

Novas mídias levam audiência da TV aberta para baixo

Em novembro, a média de TVs ligadas durante o horário nobre (18h às 24h), na Grande São Paulo, caiu 56%, um recorde negativo. Somente em dezembro de 2002 e 2007 o índice foi pior.

De acordo com o blog do Daniel Castro, o total de TVs ligadas no mês passado caiu quatro pontos, em comparação ao mesmo período de 2008 (60%). Mais dois pontos seriam equivalentes à audiência do SBT.

O Ibope avaliou as possibilidades para o desinteresse pela TV aberta, que vão da programação, o crescimento da internet, o fácil acesso ao DVD e os dias quentes. A conclusão é que a TV não perde apenas para o botão de "off" dos aparelhos, já que o Instituto atribui a queda aos chamados outros canais, nos quais se incluem (DVDs, videocassete, videogame e PC).

Na visão do superintendente Comercial da Rede TV!, Antônio Rosa Neto, o problema é outro. Ele considera a queda uma tendência “irreversível e inexorável”, um movimento que, sobretudo, reflete a evolução da sociedade brasileira. “O elemento atividade faz com que as pessoas não tenham mais tanto tempo para ficar não só em frente à TV, mas no consumo de outras mídias. Essa é uma constatação óbvia até", diz.

O número de TVs ligadas caiu 66% na média anual em 2000, no horário nobre, para 59% em 2009. Até 21 de novembro, a queda chegou a sete pontos (mais dois chegariam a audiência da Record).

O DVD é uma das mídias que mais rouba telespectadores da TV, especialmente da Globo e do SBT. Em 2001, o total de televisores sintonizados em "outros aparelhos"no horário nobre era de 0,6%. Neste ano, já chegou a 3,8%, maior do que a audiência da Band, quarta maior rede aberta. As TVs sintonizadas em "outros canais", em 2001, foi de 3%, mas neste ano já subiu para 5%.

Além de perder sete pontos com os aparelhos desligados, as redes abertas também perderam dois pontos para os "outros canais" e mais três para outros aparelhos. A soma de pontos perdidos (12), é equivalente a praticamente metade da audiência, no horário nobre (26), da Globo na Grande São Paulo durante o mês de novembro.

Audiência debaterá regras de propriedade dos portais de notícias

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática vai realizar na quarta-feira (11) audiência pública para debater a possibilidade de se aplicar aos portais e sites de notícias na internet as mesmas restrições ao capital estrangeiro previstas no artigo 222 da Constituição, que trata das empresas jornalísticas e de radiodifusão.

O requerimento é do presidente da comissão, deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), e do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). Eles argumentam que é crescente a criação de sites e portais de internet que veiculam conteúdos noticiosos. "Embora tenhamos consciência de que a internet é apenas uma estrada, por meio da qual se encaminham as informações, a grande penetração da rede vem suscitando calorosos debates na sociedade sobre a necessidade de se estabelecer algum tipo de controle
sobre ela", assinala Eduardo Gomes.

Fruet acrescenta que é preciso discutir se cabe ou não aplicar restrições à origem do capital das empresas que se utilizam da internet para prestar serviços semelhantes aos prestados pelas empresas jornalísticas e de radiodifusão. "Muitas dessas últimas empresas já se utilizam da internet para fazer chegar ao público, em tempo real, as notícias que veiculam em jornais impressos ou telejornais."

Os deputados lembram que, desde 2002, quando foi aprovada a Emenda
Constitucional 32, a Carta passou a admitir a participação de pessoas jurídicas na propriedade de empresas jornalísticas e de radiodifusão. "Na mesma oportunidade, a Constituição Federal passou a permitir a participação minoritária de recursos estrangeiros no capital social e votante das referidas empresas."

Convidados

Foram convidados para o debate:
– o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes;
– o consultor jurídico do Ministério das Comunicações, Marcelo Bechara;
– o diretor-presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Fumes Parajo;
– o presidente-executivo da Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado (Abrafix), José Fernandes Pauletti;
– a presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Judith Brito;
– o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel Slaviero;
– o diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e membro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Demi Getschko; e
– o cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), Silvio Meira.

A reunião ocorrerá no plenário 13, às 9 horas.