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Controversa lei de mídia segue para o Congresso

A presidente Cristina Kirchner enviou ao Congresso argentino nesta quinta-feira [27/8] um projeto de reforma das regulações de mídia no país. Embora muitas pessoas concordem com a necessidade de reforma no setor, que ainda segue as regras impostas durante a ditadura militar iniciada na década de 1970, a proposta do governo vem provocando bastante controvérsia. Cristina afirma que o projeto irá fortalecer a democracia ao reduzir o controle de um grupo pequeno de empresas que dominam os meio de comunicação no país.

A legislação, apresentada em março deste ano, propõe as freqüências de rádio e televisão em um terço para companhias privadas, um terço para transmissoras estatais e um terço para organizações sem fins lucrativos, como universidades e igrejas. Também limitaria o número de licenças por empresa e garantiria cotas para programas, músicas e filmes argentinos. Em discurso esta semana, Cristina afirmou que a "liberdade de expressão não pode se tornar liberdade de extorsão e a liberdade de imprensa não pode ser confundida com liberdade para os empresários de mídia". "Este projeto de lei é para cada um de nós que quer viver em uma Argentina mais democrática e plural", disse.

Cristina vs. Clarín

A proposta recebeu apoio de grupos de esquerda, mas críticos afirmam que a reforma tem motivação política. "[Esta lei] foi aprovada por pessoas com o mesmo ponto de vista", afirma Julio Barbaro, ex-presidente da agência reguladora estatal Comfer. "Eles estão buscando a guerra com esta proposta. Eu espero que o Congresso não a aprove".

Um dos motivos para as acusações de motivação política é a má relação da presidente Cristina com o Grupo Clarín, um dos maiores conglomerados de mídia da América Latina. O grupo será o mais prejudicado se a reforma entrar em vigor. O Clarín, principal jornal da companhia, e o canal de televisão TN se tornaram extremamente críticos ao governo. Há quem argumente que a presidente tem pressa em aprovar a lei justamente para limitar a atuação do grupo.

O partido de Cristina perdeu a maioria no Congresso na eleição parlamentar em junho, mas os legisladores recém-eleitos não tomarão posse até dezembro. A partir daí será muito mais difícil para o governo a aprovação de medidas controversas. A pressa da presidente provocou reações de seus opositores, como noticiaram na sexta-feira (28/8) os diários La Nación e Clarín. (Informações de Helen Popper – Reuters, 27/8/09)

Juiz fecha TV pública por pressão de grupo monopolista local

Texto em espanhol 

AMARC (Asociación Mundial de Radios Comunitarias) está fuertemente preocupada por la decisión del juez federal de la provincia de Mendoza, Héctor Acosta, quien dispuso el cese de las emisiones de la repetidora de Canal 7 de la ciudad de San Rafael.

Esta emisora fue instalada recientemente, con el apoyo de los vecinos de esta localidad mendocina, que presentaron una carta al gobierno de Néstor Kirchner firmada por 10 mil personas, en abril de este año, para solicitar su llegada.

El juez dictó una medida de no innovar que suspende los efectos de los decretos 2368/2002 y 84/2005, normas aprobadas para permitir que la televisión pública llegue en forma abierta y gratuita a todos los habitantes del país.

El Decreto 2368/2002 destacó el compromiso del Estado Nacional con la "amplia, plena y libre difusión de las ideas, de la cultura y de la educación a la población", en tanto que el Decreto 84/2005 otorgó varias frecuencias para repetidoras del Canal 7 en varias localidades del Interior del país donde no llegaba el servicio.

La sentencia utiliza como argumento las disposiciones de la Ley de Radiodifusión aprobada durante la dictadura militar, que establecía el caracter subsidiario de los medios públicos frente a los medios comerciales y que sólo autorizaba repetidoras del canal estatal por "razones de seguridad nacional".

Pressão sobre o Estado

AMARC expresa su fuerte precupación ante este hecho porque favorece la existencia de monopolios en los medios de comunicación, una situación considerada como antidemocrática y atentatoria de la libertad de expresión por la Comisión Interamericana de Derechos Humanos de la OEA.

La decisión plantea la urgente necesidad de modificar esta ley de la dictadura, exigida por amplios sectores sociales y académicos del país pero postergada una y otra vez, para que Argentina cuente con una ley democrática luego de 24 años de gobiernos constitucionales.

AMARC también alerta acerca de la sistemática acción de poderes fácticos que obstaculizan el libre ejercicio de la libertad de expresión e información, presionando a distintos organismos del Estado para favorecer sus intereses corporativos.

En este caso, la demanda fue realizada por el grupo Vila-Manzano, dueño de un conglomerado multimedia en Mendoza que incluye el Canal 6 en esta localidad, y que se ha visto beneficiado directamente por esta decisión judicial, al permitir que mantenga su monopolio en San Rafael.

* Diretor do Programa Legislações e Direito à Comunicação da AMARC-ALC 

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