O embaixador Ronaldo Sardenberg tomou posse nesta segunda-feira (2/7) do cargo de presidente da Anatel, depois de ter seu nome aprovado pelo Senado no dia 7 de março e o decreto de nomeação publicado no Diário Oficial no dia 27 de junho. Sardenberg aguardava o desfecho, no Supremo Tribunal Federal (STF), de um processo de improbidade administrativa, no qual foi inocentado. Com sua posse, o conselho diretor da agência estará finalmente completo, depois de mais de um ano e meio funcionando com quorum reduzido.
Em seu discurso durante a posse, Sardenberg ressaltou que vai trabalhar pelo diálogo. “Chego pronto a ouvir, dialogar, compartilhar idéias. O momento exige, requer visão e capacidade de mudar.” Ele disse que pretende dar prioridade ao diálogo com os “diversos atores” – executivo, legislativo, judiciário, empresas operadoras, entidades civis, meios de comunicação e “demais parceiros de regulação, fiscalização e universalização”.
Segundo o novo presidente da Anatel, é preciso “criar estratégias de atendimento satisfatório” porque, no ano passado, houve “alta de quase 30% nas reclamações” dos consumidores.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, presente à cerimônia, disse em entrevista que esse pode ser 'o começo de uma atividade que vai ser importantíssima nas relações da Anatel com o Ministério das Comunicações”. Ele destacou ainda o fato de a agência completar quatro conselheiros cujos mandatos anteriores terminaram dentro do mandato do presidente Lula, 'então é preciso indicar os conselheiros'. O conselho da Anatel tem cinco integrantes.
Na primeira reunião do conselho diretor sob seu comando, Sardenberg já terá de enfrentar uma pauta repleta de temas polêmicos, como a proposta de edital de licitação da terceira geração da telefonia celular (3G) e a compra da operadora de televisão por assinatura TVA pela Telefônica.
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