Souza Cruz poderá vender cigarros sem imagens fortes

A Souza Cruz, fabricante de cigarros, conseguiu algumas regalias no mercado. A empresa recorreu à Justiça e ganhou o direito de que seis imagens fortes da Anvisa, com os danos causados pelo tabagismo, não fossem mais veiculadas.

A decisão é de segunda estância e cabe recurso. A empresa, aliás, seria a única que não precisará imprimir as fotografias nas embalagens. Ao todo, é responsável pelas dez mais vendidas no Brasil; a Derby lidera.

No Brasil, imagens passaram a ser exigidas, acompanhadas de frases de efeito, em 2001. As fotos que circulam atualmente estão desde 2008.

A Souza Cruz questionou a competência do órgão para impor as imagens e alegou que elas são inadequadas e não correspondem às informações verdadeiras, pois são "inadequadas, desnecessárias e desproporcionais", além de "fomentar preconceitos e forjar ideias repulsivas nos consumidores". Segundo a marca, ainda não há previsão para comercialização sem as imagens, pois inda cabe recurso.

De acordo com a Anvisa, o órgão não foi informado oficialmente, mas vai recorrer. "Em todas as situações anteriores nas quais o setor fumageiro recorreu ao poder judiciário para não veicular os alertas sanitários de advertência nos maços dos produtos derivados do tabaco, a Anvisa obteve pareceres favoráveis às políticas de defesa de saúde", disse o órgão.

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