Oi investe R$ 5 milhões em manutenção de orelhões e centrais da região Norte

Maior concessionária do país, a Oi é também a maior prestadora de serviços na região Norte. E, portanto, a principal responsável pela deficiência dos serviços na região no que se refere à telefonia fixa – orelhões desativados e telefones mudos. Na telefonia móvel, a conta da falta de cobertura e qualidade deficiente do sinal é dividida entre todas as operadoras.

Para atender aos compromissos assumidos com a Anatel, a Oi, segundo seu diretor de planejamento executivo, João de Deus Pinheiro de Macedo, investiu R$ 5 mihões nos últimos três meses, especialmente na recuperação dos orelhões da região Norte. Uma parte menor desses recursos foi dirigida à reposição de baterias roubadas e à manutenção de pequenas centrais (até cem assinantes) onde, segundo ele, ocorre a maior parte das interrupções no serviço de telefonia fixa, em decorrência de falha na rede de energia elétrica.

Embratel

O vandalismo – roubo de painéis solares e de baterias – é também um dos principais problemas enfrentados pela Embratel, que conta com 1.548 orelhões instalados em zonas rurais e regiões distantes, a maior parte dos quais na região amazônica. De acordo com Airton Capella, consultor da operadora, até terça-feira, data da audiência pública, a Embratel terá reparado os orelhões das dez localidades do Amazonas – foi a precariedade do atendimento do serviço telefônico a essa região que deu origem a esse processo. E até o final do ano, todo o parque de orelhões da operadora terá sido reparado.

Segundo Capella, para 2012, a Embratel planeja substituir todas as estações de recepção de sinais de satélite (estações VSAT) que fazem o tráfego dos orelhões. “Será a terceira substituição do parque desde a privatização. Vamos ter estações VSATs mais modernas”, conta ele, sem especificar os investimentos. Em média, uma estação VSAT custa entre R$ 50 mil e R$ 60 mil.

Para enfrentar o vandalismo, Capella diz que a Embratel tem procurado criar, nessas comunidades, a figura do “cuidador”, responsável por cuidar da antena VSAT e do orelhão como um bem público. “É fundamental desenvolver essa consciência na comunidade, pois o acesso a nossos orelhões é difícil e muito precário, o que dificulta muito fazer a manutenção e restabelecer o serviço quando os equipamentos são danificados”, informa.

Segundo o superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Roberto Pinto Martins, os desafios na região Norte são dois: restabelecer o funcionamento dos orelhões fora de serviço, tarefa que está sendo desenvolvida, e melhorar a qualidade do serviço telefônico. Em relação à segunda meta, ele diz que ainda há muito a ser feito. Embora o problema de interrupção da telefonia fixa seja um desafio nacional, na região Norte ele é muito mais grave. O restabelecimento do serviço, em caso de queda, demora em média 30 horas/ano, quando a média nacional, considerada alta, é de 18 horas/ano. A meta da Anatel é trazer essa média para cinco horas/ano, dentro de um ano.

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