Saída de investidor compromete futuro do Jornal do Brasil; diário estuda versão online

O empresário Nelson Tanure, principal investidor do Jornal do Brasil, declarou que pretende encerrar sua participação no diário até o final do mês de setembro.

Ao site Janela Publicitária, Tanure afirmou que considera duas possibilidades: passar adiante o contrato de arrendamento mercantil e comercial da marca Jornal do Brasil à Família Nascimento Brito – dona da marca – ou abrir mão de sua participação e encerrar o suporte financeiro. Há um ano, o empresário, em decisão parecida, desistiu de sua participação no jornal Gazeta Mercantil poucos dias antes da publicação fechar definitivamente.

Tanure confirmou que o JB realiza levantamento para saber a opinião dos leitores sobre uma possível migração integral para o formato eletrônico. No entanto, salientou que é preciso aguardar a conclusão da pesquisa para estudar uma decisão.

O atual presidente da empresa, Pedro Grossi, declarou que o encerramento da versão impressa é uma possibilidade, mas não acredita que levar o diário para o formato digital seja uma solução definitiva. "Não acredito que algum dia o tecnológico vá substituir completamente o papel", disse Grossi, que se mobiliza para manter a publicação além do mês de setembro, prazo estabelecido pelos investidores para que o jornal se posicione quanto ao seu futuro.

Grossi disse ser improvável que outro investidor assuma a publicação nas atuais condições, sobretudo pelas dívidas herdadas das administrações anteriores. O executivo relatou que agora concentra esforços em buscar soluções que adiem o fechamento da publicação, que completará 120 anos em 2011."Não é saudável assistir ao fechamento de um jornal que sempre defendeu a liberdade de opinião no Brasil", lamentou.

Atualmente, o JB possui 180 profissionais, sendo sessenta deles na redação. A tiragem média da publicação é de 25 mil exemplares.

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