CVM apura fraude na compra da GVT

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concluiu a investigação sobre a compra da GVT e chegou à conclusão que a aquisição foi fraudulenta, pois teria infringido a instrução nº 8 da autarquia, e por isso abriu inquérito para apurar as responsabilidades, informa a imprensa . Conforme a investigação, a francesa Vivendi, que comprou a GVT por R$ 4,1 bilhões, adquirindo, assim, 53% das ações ( a aquisição de todo o capital custou R$ 7, 5 bilhões) teria enganado o mercado ao comunicar que havia adquirido a maioria do capital da espelho brasileira, antes do fato ocorrido, acabando com a disputa com a Telefónica, que havia feito oferta pública pela GVT no valor de R$ 50,50 por ação.

Na primeira fase da briga, após a primeira oferta da Telefónica – entre setembro e novembro de 2009 – a francesa Vivendi comprou 4,9% das ações (a comunicação obrigatória se dá a partir de 5%) e comprou outros 30% dos demais controladores (fundos de investimentos israelenses). Ao anunciar a operação ao mercado, adquiriu mais 3% o que a fazia ficar com apenas 40% as ações, ainda minoritária. Em seguida, anunciou que havia comprado outros 20%, mas não disse de quem.

A CVM entrou em campo e pediu explicações públicas sobre esta última aquisição, quando então a Vivendi informou ter adquirido todas as opções do fundo Tyrus, e agora se constatou que não eram ações de verdade, mas  apenas papeis sobre contratos derivativos destinados a fazer ganhos financeiros.

Se o processo aberto concluir pela punição,  a francesa poderá pagar multa de até 50% do valor da transação, ou R$ 2 bilhões se se considerar a compra do controle, R$ 3 bi, se for toda a operação ou R$ 700 milhões se se tratar apenas da última operação com o fundo Tyrus. (Da redação, com agências).

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