Globo destaca interatividade no futuro da TV aberta

Em um evento dedicado à imprensa e ao público interno, o diretor de engenharia da TV Globo, Fernando Bittencourt, fez uma exposição sobre o estágio atual e o que acredita ser o futuro da televisão, sobretudo sobre o ponto de vista da tecnologia. Bittencourt comemorou a chegada da TV interativa, que deve ter os primeiros receptores no mercado até o fim deste ano, e mostrou que a emissora faz diversos testes, tanto para dispositivos móveis quanto para os televisores fixos. A emissora estuda inclusive levar conteúdos não relacionados à programação em exibição, como notícias do portal G1, por exemplo.

Perguntado, Bittencourt disse não se preocupar com a possibilidade de que, uma vez conectado pela TV à banda larga, o espectador possa acessar outros conteúdos que não o da TV. "Oferecemos um conteúdo de qualidade, mas o usuário pode optar pelo que quer ver", disse.

Outro tema destacado pelo diretor foi o da mobilidade. Bittencourt demonstrou um aplicativo no qual o espectador assiste a um vídeo do "Big Brother" ao vivo, pelo sinal digital terrestre, e sobrepõe à tela uma aplicação, carregada pela rede da operadora móvel, que permite ver informações sobre os participantes e votar na eliminação de um candidato.

3D

A Globo, mais uma vez, demonstrou suas pesquisas de conteúdo em três dimensões, mostrando desta vez algumas cenas de novela produzidas usando a tecnologia, lembrando que a produção é apenas um teste. "Quando o 3D chegar às casas das pessoas, ele tem que ser novidade apenas para os telespectadores, não para nós", explicou o engenheiro Paulo Henrique Castro, gerente de pós-produção.Fernando Bittencourt falou ainda da penetração da TV digital no Brasil, afirmando que o sinal da Globo cobrirá 50% dos lares até a Copa de 2010.

TV paga

O lado inusitado da apresentação deu-se quando, durante a demonstração do potencial dos serviços de TV, o diretor da TV Globo utilizou os set-tops avançados da Net e da Sky para mostrar serviços em alta-definição, com interatividade e DVR no ambiente da TV por assinatura.

Bittencourt apresentou ainda um estudo sobre a penetração da TV na Europa. Pelo estudo, a TV aberta deve perder penetração no continente, abrindo mais espaço para os serviço pagos. A expectativa é que a TV aberta seja responsável por levar os sinais televisivos para 36% dos habitantes em 2012, contra 43% em 2009. O cabo também perderia penetração, de 30% para 27%. Enquanto isso, a TV por satélite aumentaria sua participação de 25% para 30%, e o IPTV aumentaria de praticamente zero para 6%.

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