Sem TV linear, teles não querem mais distribuir conteúdo

"Vídeo sob demanda não basta para viabilizar a operação de uma operadora". Em resumo, é o que Carlos Watanabe [diretor de Novos Negócios e Vídeo-comunicação da Brasil Telecom] afirmou durante um painel dedicado ao tema no IPTV World Forum, que aconteceu nos dias 27 e 28 janeiro no Hotel Intercontinental, no Rio de Janeiro. Segundo ele, o Videon, como é chamado o serviço de vídeo sob demanda da Brasil Telecom (BrT), está sendo fornecido como modelo de teste comercial atualmente.

O serviço foi lançado no final de setembro de 2007 para a cidade de Brasília e parecia uma das apostas da operadora, com 1,5 mil conteúdos disponíveis e a formatação de importantes parcerias, como uma com a Warner Bros, na qual a produtora passaria a fornecer os primeiros conteúdos sob demanda para uma operação de IPTV em todo o mundo.

Questionado sobre o modelo de negócios, com a insinuação de que a propaganda seria a fonte de renda principal, Watanabe, novamente, reintegrou que "nem mesmo as propagandas fazem sentido se não tiver distribuição em larga escala, e isso só é possível com distribuição de TV linear".

Aguardando decisões

Como foi reportado ontem pelo IPNEWS, Watanabe e demais líderes de operadoras de telecomunicações aguardam nova revisão na regulamentação de TV a Cabo, a ser feita hoje (29), pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), durante reunião da Comissão Diretora da associação. Se aprovadas todas as mudanças, as teles poderão ter direito a fornecer conteúdo para todas as cidades brasileiras por meio de TV por assinatura, menos aos 500 maiores municípios.

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