Estudo britânico alerta para vício de checar mensagens

Um estudo da Universidade de Northampton, na Grã-Bretanha, sugere que muitos britânicos estão ficando viciados em tecnologia. A professora Nada Kakabadse conduziu uma pesquisa de pequena escala com 360 pessoas e observou que cerca de um terço dos entrevistados (33%) demonstrou sinais de vício em dispositivos como telefones celulares, Blackberries e outros aparelhos em que podem verificar suas mensagens com freqüência. 

Os pesquisadores chegaram a observar casos de pessoas que acordavam várias vezes durante a noite para checar e-mails e mensagens de texto. 'Você ficaria surpreso com o númerode pessoas que mantém seus PDAs e Blackberries próximos de suas camas', diz Kakabadse. 'Os que são viciados se levantam duas ou três vezes durante a noite para checar as mensagens.'

Relacionamentos

Segundo a professora, as pessoas podem ficar viciadas em praticamente tudo. 'Somos criaturas de hábitos e podemos nos viciar em coisas bem diferentes', afirma. 'A tecnologia ficou muito mais interessante nos últimos dez anos, com a disseminação da internet', acrescenta a pesquisadora. 'É muito mais simples e muito mais portátil e, com isso, mais acessível.' Mas o vício em tecnologia também pode levar a problemas de relacionamento, principalmente quando o viciado se afasta da família.

O estudo também aponta outras conseqüências: o viciado sofre de ansiedade e outras doenças, de acordo com Kakabadse. A pesquisadora afirma que, nos primeiros estágios do vício em tecnologia, as pessoas geralmente são bem produtivas no trabalho, respondendo a e-mails e mensagens. Mas, com o tempo, as conseqüências ficam mais graves. 'Algumas pessoas ficam muito ansiosas quando estão longe de seus celulares e outros aparelhos', diz. 'Elas podem também ter problemas no trabalho porque passam cada vez mais tempo checando mensagens.'  Para Kakabadse, é difícil detectar o vício em tecnologia no começo. 'E, quando podemos detectar, geralmente já é tarde demais', afirma. O estudo sugere que os empregadores deveriam treinar seus funcionários para o uso seguro das tecnologias fornecidas. 

Depois de analisar cada caso, Nada Kakabadse pretende estudar o quanto o problema está disseminado na Grã-Bretanha.

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