Oficineiros preparam cobertura compartilhada da TEIA 2007

Pode o jornalismo ser feito de maneira compartilhada, sem hierarquia rígida, com diálogo aberto, em que leitores tornem-se também geradores de conteúdo? Como manter a acuidade das informações, despertar o interesse do público e cumprir um papel relevante no esforço de democratizar a comunicação? Subvertida a noção de público-leitor nesta era da informação, qual o papel dos comunicadores?

Essas foram algumas das questões discutidas por 98 comunicadores – entre estudantes, jornalistas e ativistas – que participaram da Oficina de Jornalismo Cultural Independente, promovida pelo Instituto Pensarte no acender das luzes da TEIA 2007. O projeto terá continuidade durante o encontro dos Pontos de Cultura, a partir de quarta-feira (7), quando será criada uma agência de notícias compartilhada para cobrir o evento.

A Oficina ocorreu neste final de semana, dias 3 e 4, na Casa do Conde, um dos espaços culturais que será tomado TEIA 2007. Os oficineiros tiveram a oportunidade de discutir entre si, de aprender novos recursos disponíveis na internet para fomentar a comunicação, como a construção de blogues, agências de notícias e redes sociais, e de debater com os chamados “provocadores” convidados a participar do encontro.

Entre eles, a blogueira Ana Carmem Foschini, o secretário de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura, Célio Turino, o consultor para Cultura Digital do mesmo ministério Cláudio Prado, o empresário e blogueiro Edney Souza, e Rogério Thomaz, membro da coordenação nacional da ONG Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Ao longo da TEIA 2007, os oficineiros interessados em testar na prática a construção de uma agência de notícias compartilhada poderão fazê-lo através da www.agenciateia2007.org.br, a ser criada com o apoio dos jornalistas do Instituto Pensarte. O projeto tornou-se possível por conta do apoio técnico e metodológico da Papagallis, uma empresa especializada na construção de redes sociais e uso de novas tecnologias.

Em resumo, a Agência Teia será um organizador de conteúdo. Blogueiros, fotógrafos, produtores de vídeos, comunicadores e ativistas poderão produzir conteúdos sobre o encontro e direcioná-los para a agência. Um grupo de jornalistas integrado também por oficineiros interessados em técnicas de edição fará a montagem da página, que cumprirá o papel de ser o nó da rede de comunicadores formada a partir da Oficina.

Os debates sobre esse projeto e outros temas do jornalismo cultural podem ser acompanhados na rede www.100canais.org.br, cujo acesso é livre para os interessados. Há um grupo de oficineiros, por exemplo, trabalhando para a produção de um fanzine impresso sobre a TEIA 2007, a ser divulgado em quatro edições, cada uma em um dos dias do evento. Na terça-feira (6), haverá uma reunião dos oficineiros às 19 horas, na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, para a programação da cobertura. Estão todos convidados!

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