Juíza dos EUA rejeita reclamações antitruste do Google contra Microsoft

Uma juíza dos Estados Unidos afirmou nesta terça-feira (26/06) que deve aprovar o acordo sobre buscas em desktop firmado entre a Microsoft e os reclamantes que representam o governo norte-americano em um processo antitruste contra a fornecedora de software, em vez de responder à reclamação da sua rival Google.

A juíza Colleen Kollar-Kotelly, da Corte Distrital de Columbia, disse que confia nos reclamantes – entre eles estão o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e vários Estados – para sugerir soluções para as reclamações ligadas à decisão de antitruste de 2002 que rege a atuação a Microsoft em relação à competição.

“Os reclamantes, até onde eu sei, estão na posição dos consumidores”, disse Kollar-Kotelly em uma audiência. “O Google não é parte deste caso”, ela acrescentou.

Neste mês, o Google fez uma reclamação antitruste contra a Microsoft, alegando que era difícil para os usuários alterar o sistema de busca padrão que a empresa acrescentou ao Windows Vista.

O Google argumentou que o acordo firmado entre a Microsoft e os reclamantes do governo não era amplo o suficiente. Na segunda-feira, o gigante das buscas entrou com uma moção pedindo à juíza Kollar-Kotelly para ampliar a supervisão sobre as mudanças propostas na busca em desktop do Vista.

O acordo aprovado pela juíza vai permitir a fabricantes de software registrar suas ferramentas como alternativa ao Vista Instant Search.  A busca padrão será selecionada pelos fornecedores OEM, que produzem os computadores. Portanto, toda vez que o usuário fizer uma busca, o resultado será fornecido pelo software selecionado pelo fornecedor do PC.

A Microsoft também vai alertar os fornecedores OEM que o sistema de busca próprio do Vista é feito para rodar ao fundo, abrindo espaço a ferramentas concorrentes. A empresa também concordou em fornecer informações técnicas que possibilitem aos rivais criar mecanismos de buscas otimizados ao sistema operacional. 

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