Sem uma resposta satisfatória, o movimento de greve foi visto como único meio de enfrentar a realidade da categoria. Os trabalhadores dos Correios apresentam um dos piores salários entre as estatais, com um piso de 807 reais.
De acordo com a página da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o último aumento salarial da categoria foi em janeiro de 2010, ainda referente à campanha salarial do ano anterior.
Na pauta de reivindicações, os trabalhadores pedem por um piso salarial de mil e 635 reais. Também lutam por um reajuste de acordo com a inflação e pela reposição das perdas salariais referente aos anos de 1994 a 2010.
No entanto, após dois meses de negociação, a empresa manteve a proposta de reajuste em 6,87%. O índice está abaixo da inflação, que de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) é de 7,16% .
Além da melhora do salário, os carteiros alertam para a falta de funcionários. Afirmam que os mais de 110 mil trabalhadores estão “sobrecarregados e extenuados” pela pressão das demandas.
Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), há hoje um déficit de cerca de 30 mil trabalhadores nos Correios. Para solucionar o problema, sugerem a convocação de novos concursos públicos para contratação de mais funcionários.
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