No entendimento do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), por mais que exista espaço para o tema nos telejornais, e até mesmo certo respeito pela questão em telenovelas, os programas humorísticos, por sua vez, constroem estereótipos.
"Queria entender o que justifica esse comportamento das emissoras", afirmou o parlamentar, segundo informações da Agência Câmara.
Já para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, a construção de estereótipos negativos fica por conta dos programas policiais e religiosos.
Apesar de reconhecer o avanço no debate do assunto nos últimos anos, o coordenador-geral da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Igo Martini, admitiu que é preciso evoluir ainda mais. Ele destacou que crescem os relatos de agressões e preconceitos contra os homossexuais no país, e propôs uma legislação específica.
"Mesmo na teledramaturgia há estereótipos no tratamento dos homossexuais. É preciso aprovar a lei que trata desse preconceito", disse Martini.
Apesar das críticas à mídia, a desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Maria Berenice Dias, ressaltou que a imprensa atua como parceira ao reportar casos de agressão.
"Não há tema social que mais ocupe espaço que os ligados à causa homossexual. Qualquer delito homofóbico e avanços na causa são sempre muito debatidos", destacou.
Atualmente, tramita na Câmara um Projeto de Lei, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP), que criminaliza a homofobia.
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