A compra da Fernando Chinaglia Distribuidora – maior distribuidora de publicações do país – pela Distribuidora Nacional de Publicações (Dinap), do Grupo Abril, pode ser julgada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na próxima quarta-feira (26).
O conselheiro Paulo Furquim, relator do caso no Cade, pautou a operação para a sessão de julgamentos da semana que vem, informou o site Abril. Em setembro de 2007, quando foi anunciada a fusão, o objetivo era unificar logística e distribuição. As empresas seguiriam, no entanto, com administração e operações comerciais separadas, atendendo normalmente seus respectivos clientes.
No dia 26 de maio, o Cade recomendou – em parceria com as secretarias de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda, e de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça – a rejeição do negócio.
A preocupação da Seae seria a concentração no setor de distribuição de revistas e publicações, pois a união das duas distribuidoras prejudicaria a concorrência, já que a Dinap detém cerca de 70% do mercado, e a Fernando Chinaglia 30%.
O Seae concluiu também que o negócio resultaria num monopólio do Grupo Abril. Em 2007, a Dinap atendia, além da própria Editora Abril, outros cerca de 60 clientes. Já a Fernando Chinaglia chegava a 28 mil pontos de venda e respondia pela distribuição de 250 empresas, como a Editora Três e a Editora Globo.
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