O assassinato do jornalista Luiz Carlos Barbon Filho, ocorrido em seis de maio do ano passado, na cidade de Porto Ferreira (SP), já tem concluída sua investigação. O promotor Gaspar Pereira Silva Júnior, do Grupo de Atuação Especial Regional para Prevenção e Repressão ao Crime Organizado (Gaerco), de Campinas (SP), encaminhou seu relatório final ao Fórum da cidade, no qual aponta cinco pessoas envolvidas no caso. Quatro delas pertencem à Polícia Militar (PM). O quinto envolvido é um comerciante local.
Caso a tese do promotor não seja contestada por nenhuma das partes, o caso será levado à Justiça, que vai decidir se os suspeitos do crime irão a júri popular. Ricardo Ramos, advogado da família de Barbon, que atua como assistente da acusação, deve entregar sua peça na próxima quinta-feira (23). Na seqüência, é aberto o prazo para que a defesa faça suas considerações. A previsão é de que em no máximo 20 dias seja divulgada a decisão do juiz.
De acordo com as investigações do Ministério Público, a motivação para o crime seria denúncias que o jornalista vinha fazendo sobre negligência dos policiais na fiscalização do comércio clandestino de cigarros contrabandeados. O processo corre em segredo de Justiça e todos os suspeitos estão presos.
Entenda o caso
O jornalista Luiz Carlos Barbon foi executado em seis de maio, aos 37 anos, com dois tiros a queima-roupa, enquanto conversava com amigos no "Bar das Araras", localizado na cidade de Porto Ferreira, interior de São Paulo. Barbon colaborava com o Jornal do Porto e o JC Regional, e era conhecido pelas denúncias que publicava.
Em 2003, o Barbon chegou às finais da "Categoria Regional", do Prêmio Esso de Jornalismo", em razão de matéria que denunciava a participação de políticos e empresários da cidade de Porto Ferreira (SP) no aliciamento de menores.
Clique aqui e leia o que já foi publicado sobre o "Caso Barbon".
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