Um dos principais parceiros do Observatório do Direito à Comunicação, o Observatório da Imprensa sofreu um atentado na madrugada de sábado (3/11). A home page do OI, a página de índice e praticamente todas as páginas internas foram hackeadas. Na home, os nomes das rubricas foram alterados e no lugar delas aparecia a "assinatura" HACKED BY HIVA DIGITAL SECURITY TEAM.
Para mudar as páginas do Observatório, os hackers driblaram o firewall do provedor iG, em cujos servidores está hospedado o site. Segundo a equipe do OI, ainda não é possível dizer quem realizou o ataque ao Observatório da Imprensa.
Em função do ataque, o OI ficou fora do ar durante a tarde e parte da noite de sábado, enquanto os técnico do iG trabalhavam na recuperação do conteúdo original e corrigiam a ação dos hackers.
Leia a seguir o comentário do Editor Responsável do OI, Alberto Dines, sobre o episódio:
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Coquetel Molotov de advertência
O atentado dos hackers ao Observatório da Imprensa foi uma advertência. Equivale a um coquetel Molotov, ou uma "bomba caseira" que se joga em uma redação. Os delinqüentes avisavam que têm condições de acessar o site clandestinamente e causar estragos maiores.
São do ramo, profissionais, conhecem bem nossa navegação. Escondidos sob a assinatura de um grupo supostamente iraniano, dificilmente serão identificados. Aproveitaram o feriadão, mas foram prontamente descobertos.
No passado, empastelavam-se os jornais que incomodavam. Ou tentava-se liquidar os jornalistas inconvenientes. Agora o terrorismo é "limpo", sem sangue, igualmente perverso.
Este Observatório da Imprensa avisa que não se intimidará. Já enfrentamos linchamentos, boicotes, listas negras. Saberemos lidar com as ameaças da canalha virtual.
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