A agência de notícias Carta Maior (http://www.cartamaior.com.br) divulgou nessa quarta-feira ter encontrado uma saída para superar a grave crise financeira que enfrentou desde o final de 2006 e quase levou o veículo ao fechamento em março deste ano.
A agência acertou um acordo de publicidade com a empresa Gol Linhas Aéreas, explicando que o contrato com o anunciante garantirá a continuidade dos trabalhos da Carta Maior nos próximos meses.
Em seus mais de seis anos de atividades, a agência baseou seus patrocínios e acordos publicitários essencialmente em parcerias com o setor estatal, um dos motivos fundamentais da crise que acometeu o veículo a partir do final de 2006.
A crise gerou diversas iniciativas de solidariedade e apoio dos leitores, fato destacado pela agência no mesmo editorial em que divulga a saída atual para a crise.
No texto, Carta Maior anuncia que buscará daqui para a frente – e diante das mudanças climáticas que já assombram o mundo – “trazer para a nossa página as vozes da ciência e da pesquisa e intensificar o diálogo entre as perspectivas Socialistas e Ambientalistas no século XXI”, estreitando o diálogo entre “Socialismo, Democracia e Ambientalismo”.
A crise também parece ter ampliado as reflexões da agência em relação à democratização das comunicações e da carência de políticas públicas dos governos federal e estaduais no Brasil para veículos como a própria Carta Maior.
Neste sentido, entre outros pontos intitulados “dez passos para o século XXI”, a agência se compromete a “lutar contra o monopólio capitalista da opinião pública patrocinado por um Estado que concentra publicidade, crédito e incentivos fiscais para realimentar a hegemonia das idéias conservadoras. Lutar por uma política republicana de desenvolvimento destinada à micro e à pequena empresa jornalística de natureza não comercial. Essa política deve incluir: regras transparentes de acesso à publicidade estatal; financiamento público; incentivos fiscais e igualdade de acesso às informações de governo”.
Em termos de democratização do Estado brasileiro, a agência registra que a luta “para que o Estado submeta ao escrutínio popular todas as decisões estratégicas que possam condicionar o futuro da sociedade e da natureza” também corresponde a um dos “dez passos para o século XXI”.
Por fim, Carta Maior registra que a parceria com o portal UOL foi encerrada.
Confira o editorial publicado pela Carta Maior.