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Primeiro debate político online pretende atingir 94% dos internautas brasileiros

O primeiro debate online da internet brasileira com presidenciáveis deverá atingir 94% dos internautas brasileiros, reunindo quatro dos maiores portais em audiência do País, iG, MSN, Terra e Yahoo!.

O encontro será realizado no dia 31/08 e transmitido pelos quatro portais simultaneamente. A organização do debate está a cargo de três agências do Grupo TV1: TV1 RP, TV1.Com e TV1 Vídeo.

“A ideia surgiu este ano. Hoje a internet é uma mídia de massa no Brasil. Reunidos nós teremos 94% da audiência da internet brasileira. Temos uma grande expectativa, é uma belíssima oportunidade de conhecer melhor esse tipo de debate online”, comemora Andre Izay, presidente do Yahoo Brasil.

Para o diretor-geral do iG, Fábio Coelho, o debate terá sucesso. “O brasileiro tem mais interatividade que em muitos países. Esperamos uma grande mobilização na internet e um altíssimo nível de adesão dos candidatos”.

O diretor-geral do MSN Brasil, Oswaldo Barbosa, citou a campanha de Barack Obama como inspiração. “É bom lembrar a experiência do Obama. No Brasil, que tem um uso maior da internet, um debate como esse vai marcar a história”, declarou.

Como primeiro debate online no Brasil, os portais terão um desafio no uso da web para esse tipo de discussão. “O principal desafio será compatibilizar a interatividade e liberdade que a internet tem com as regras do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Vamos seguir a legalidade”, ressaltou o diretor-geral do Terra Brasil, Paulo Castro.

Castro disse que os portais procuraram as assessorias dos candidatos à Presidência da República e que a proposta foi muito bem recebida. “Os candidatos entendem a importância da internet. A proposta foi muito bem recebida”.

A organização do debate ainda define o formato da discussão, que contará com a participação dos internautas pelo Twitter @debateonlinebr. 

‘Esquecidos’ pela mídia, pré-candidatos reclamam de cobertura eleitoral

São Paulo – No dia 10/04, Plínio de Arruda Sampaio estava em praticamente todos os veículos de comunicação do País. Era o lançamento de sua pré-candidatura pelo PSol à Presidência da República e a decisão do partido de não apoiar Marina Silva. Depois disso, caiu no esquecimento. Dificilmente seu nome é citado por jornais, revistas, rádios e TVs, que polarizaram a eleição entre PT e PSDB, com o PV correndo por fora.

“É uma injustiça extraordinária. Como omitem um pré-candidato que já foi deputado federal?”, questiona Plínio. O pré-candidato espera o início do horário eleitoral gratuito para ganhar visibilidade. “Quando começar a eleição para valer, não vai ter como não me citarem, porque vou estar na TV (horário eleitoral), nos debates. Mesmo assim, sei que terei menos espaço que os outros candidatos”, afirma.

O pré-candidato pelo PSTU, Zé Maria, teve menos sorte que o colega do PSol. Nem o lançamento de seu nome foi coberto pela imprensa. Para ele, a atitude dos veículos de comunicação “reforça o sistema antidemocrático”.

“A mídia tem seus interesse econômicos e expõe isso pelos candidatos que divulga. Os que não apoiam o sistema do neo-capitalismo são ignorados pela grande imprensa", avalia Zé Maria.

Para Alessandra Aldé, pesquisadora do Iuperj, a atuação da imprensa é democrática, mas não citar alguns pré-candidatos demonstra "critérios de interesses". Além disso, a falta de exposição de todos os nomes influencia a escolha política dos eleitores.

"O eleitor é racional, busca pela viabilidade do candidato. Se a mídia e as pesquisas não divulgam todos os nomes, isso influencia o eleitor", analisa Alessandra.

Além de Zé Maria e Plínio, existem outros pré-candidatos à Presidência da República: José Maria Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO), Mario Oliveira (PT do B), Oscar Silva (PHS), Américo de Souza (PSL) e Levy Fidelix (PRTB).

Movimento dos Sem Mídia pede auditoria de institutos de pesquisa

O Movimento dos Sem Mídia (MSM), presidido pelo blogueiro Eduardo Guimarães, entrou com uma representação na Procuradoria Geral Eleitoral para que se abra uma auditoria dos quatro maiores institutos de pesquisa que publicaram recentemente resultados de pesquisas sobre a sucessão presidencial. Eles têm apresentado diferenças consideráveis, e a proposta é que a auditoria sirva para investigar possíveis fraudes na realização e divulgação desses resultados.

Os quatro grandes grupos em questão são o Datafolha, o Ibope, o CNT/Sensus e o Vox Populi. O início das suspeitas de fraude começou com a publicação de duas pesquisas: uma do Datafolha, no dia 27 de março, que apontava o pré-candidato José Serra (PSDB) na frente, com uma diferença de 10% sobre a pré-candidata Dilma Rousseff (PT); e outra do Vox Populi, publicada sete dias depois, que apontava um resultado bem diferente: de 3 a 5% de distância entre os dois principais candidatos à presidência.

Após a publicação da pesquisa do Vox Populi, o grupo Folha, por meio do jornal, publicou uma série de matérias questionando o resultado da pesquisa. No dia 13 de abril, a briga entre os institutos se acirrou com a publicação das intenções de voto levantadas pelo Instituto CNT/Sensus, que apontou que a diferença entre os candidatos petista e tucano estava então entre 0,4 e 2,88 pontos percentuais.

Todas essas informações foram enviadas pelo blogueiro Eduardo Guimarães junto com a representação de pedido de auditoria das últimas pesquisas eleitorais. Pela lei, a divulgação de pesquisas fraudulentas é crime com direito a detenção e pegamento de multa de até R$ 106.410,00.

A ação do MSM pede que a Justiça monitore e eventualmente audite todas as próximas pesquisas divulgadas até antes das eleições.

Eduardo Guimarães afirma que se trata de um exercício de cidadania, sem interesses político-eleitorias. Segundo ele, sem a lisura nos institutos do pesquisa, as eleições acontecerão "sob o signo da trapaça, da esperteza, da malandragem, da injustiça, da prepotência, da opressão do poder econômico", escreveu. Ele qualifica a iniciativa do MSM como uma "vacina democrática" para o pleito deste ano.

A íntegra da ação do MSM pode ser encontrada aqui.

Globo tira do ar campanha considerada pró-Serra

A Rede Globo decidiu retirar do ar uma campanha de comemoração aos 45 anos da emissora, depois que vários internautas afirmaram que o jingle teria uma mensagem subliminar pró-Serra. O vídeo também ganhou críticas de Marcelo Branco, coordenador da campanha de Dilma nas mídias sociais.

A campanha, lançada ontem (19/04), mostra atores, apresentadores e jornalistas da Globo falando sobre a emissora. Em um determinado momento os participantes afirmam: "Todos queremos mais. Educação, saúde e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais". Segundo internautas, a frase fazia alusão ao lema da campanha de Serra, definida como “O Brasil pode mais". Além disso, no final do vídeo, aparece o número 45, o mesmo do PSDB.

O secretário de Comunicação do PT, André Vargas, escreveu em seu blog que o lema do tucano havia inspirado a emissora.

Em nota oficial, a Globo defende que o vídeo foi feito bem antes de Serra e Dilma lançarem suas pré-candidaturas. “O texto do filme em comemoração aos 45 anos da Rede Globo, que começou a ser veiculado ontem à noite, foi criado – comprovadamente – em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas, muito menos slogans eleitorais”.

A emissora negou qualquer mensagem subliminar na campanha e afirmou que preferiu tirar o vídeo do ar para não ser acusada de tendenciosa. “… a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação da campanha na televisão”, afirmou.

Após a repercussão, Marcelo Branco escreveu em seu Twitter que sua crítica foi apenas uma opinião pessoal. “Sobre o #jingledaglobo: meu RT e comentários foram de caráter pessoal. Eu não falo em nome da Dilma e nem da coordenação”.

Governo regula uso de redes sociais por agentes públicos

A Advocacia Geral da União elaborou uma cartilha para nortear o comportamento dos funcionários públicos durante o processo eleitoral deste ano. Entre as recomendações está o veto ao uso de redes sociais, como Facebook e Twitter, por meio de computadores e celulares funcionais.

O uso do Twitter se tornou comum entre os políticos, incluindo ministros. Pela cartilha, os que não deixarem seus cargos no governo, não poderão "twittar" durante o horário de trabalho. Terão que usar aparelhos particulares e depois do expediente.

Além da cartilha “Condutas vedadas aos agentes públicos federais em eleições”, a AGU vai realizar seminários para instruir funcionários de alto escalão.

Segundo a cartilha, “o ato do agente público é ilícito quando sua ação intervier no processo político-eleitoral, beneficiando partido, coligação ou candidato, de maneira a influencias a consciência eleitoral do cidadão”, e alerta que “atos que desviam da sua finalidade pública podem ser considerados de improbidade administrativa”.

Com informações da Folha de S. Paulo.